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(01/12/2013) – Empresa nacional, criada por engenheiros formados pelo ITA, a Polaris anuncia o desenvolvimento do primeiro turbojato produzido no Brasil. De aplicação militar, foi projetado para atender a demanda de mísseis modernos, que atingem distâncias acima de 150 km.
Alberto Filho, diretor da Polaris, frisa que só recentemente os pesquisadores de todo o mundo atentaram para a necessidade do uso de motores mais potentes nessa aplicação. “Por causa disso, ainda há poucos fabricantes de turbojatos no mundo. Creio que a história vai mudar daqui para frente”.
O posicionamento das palhetas – uma em seguida da outra em um só disco – é a grande inovação da turbina TJ1000 em relação aos modelos já encontrados no mercado. Tal posicionamento, batizado de “Twinblade”, teve a patente requerida. O modo de operação desenvolvido aumenta a eficiência e reduz o número de estágios necessários para a compressão do gás de 16 para seis. O resultado foi um produto de menor custo, de mais fácil manuseio e fabricação.
Outra solução desenvolvida pela empresa de São José dos Campos foi a de utilizar um compressor axial no projeto, modelo de compressor dinâmico responsável por comprimir o gás de maneira contínua. Essa é uma opção comum na indústria aeronáutica por facilitar a fabricação de turbinas menores e mais leves, mas, ao contrário destas, o turbojato desenvolvido não opera em velocidade subsônica [abaixo da velocidade do som]. “O compressor axial foi projetado para operar em uma velocidade mais alta, a transônica [próxima a do som]. Isso nos levou a realizar cálculos mais sofisticados e complexos porque neste regime o compressor alcança maior desempenho”, explica o diretor da empresa.
