(*) Anacélia Panzan
(14/07/2013) – É fato que 2012 deixou muito a desejar. Para a maioria dos setores, o ano passado foi – na melhor das hipóteses – de sobrevivência. Poucos cresceram efetivamente. Após um período de retração, com queda aproximada de 15% no segmento de implementos, segundo dados da Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), as projeções para este 2013 são mais positivas.
Esses primeiros meses trouxeram ainda o reflexo de um ano de baixo crescimento e queda na produção industrial em geral. A indústria de implementos rodoviários também sentiu, claro. Registrou queda de 7,68% no primeiro trimestre de 2013. Porém, o resultado negativo não foi homogêneo: o segmento Pesado (reboques e semirreboques) cresceu 21,91%, enquanto o setor de Leves (carroceria sobre chassis) fechou com resultado negativo de 19,71%.
Mas ainda temos alguns meses pela frente e um fator de motivação para a tão esperada recuperação: a demanda mundial por caminhões médios e pesados está aquecida. Neste próximo semestre, espera-se crescimento nas vendas, principalmente nos mercados emergentes, com destaque para o Brasil e a Índia. Aqui, o previsto é que cresça 10% em relação ao ano anterior.
De qualquer forma, eu sempre prefiro me aliar aos otimistas. Minhas apostas continuam sendo na qualidade diferenciada e na criação de uma forte rede de atendimento ao cliente; coisas que façam ele pensar na sua marca em primeiro lugar. Bom produto, bom serviço e boas pessoas podem não garantir a fidelização, mas, com certeza, agregam confiança e credibilidade. Só o preço não garante a venda. A cada dia, o mundo corporativo nos desafia a sermos mais criativos.
O cliente quer o melhor projeto, que sejamos capazes de fazer “mais” por “menos”, sem comprometer prazo ou qualidade. É preciso investir continuamente na melhor formação das equipes de todas as áreas – compras, vendas, atendimento ao cliente e técnica. Especialmente no setor de implementos rodoviários, quem não conseguir inovar e criar novas oportunidades de negócios não vai conseguir crescer de forma sustentada.
É preciso ampliar a oferta e a capacidade produtiva passo a passo. Mantendo qualidade, estreitando parcerias e respeitando prazos. Focar na busca de soluções, empregar todo o conhecimento adquirido com anos de experiência e investir na motivação e reconhecimento de seu time. Assim como 2012, este também não está sendo um ano de brisa; os desafios estão aí. Mas as perspectivas acenam com a possibilidade de um final de ciclo mais feliz. Nos resta trabalhar e ir em busca dos resultados que desejamos.
(*) Anacélia Panzan é diretora-executiva da PPW Brasil, fabricante de implementos rodoviários