(06/04/2025) – O setor de máquinas e equipamentos fechou o primeiro bimestre de 2025 com alta na receita líquida de 16,9% sobre o mesmo período do ano passado.
Segundo a Abimaq, esse resultado foi influenciado pelo maior dinamismo do mercado interno, que cresceu 21,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as exportações, embora tenham crescido em fevereiro (sobre janeiro), apresenta queda de 10% em relação ao primeiro bimestre do ano passado.
Fevereiro – Os dados relativos a fevereiro, divulgados pela Abimaq na semana passada, apontaram crescimento no mercado interno tanto na comparação com fevereiro de 2024 (13,2%), quanto em relação a fevereiro de 2023 (3,6%). Sobre janeiro de 2025, a alta é de 14,6%.
Para Cristina Zanella, diretora de Economia e Estatística da Abimaq, os números do primeiro bimestre vieram acima do esperado, bastante superiores aos verificados no mesmo período do ano passado. “Mas a base de comparação é baixa. O início do ano passado foi um dos piores da história do setor de máquinas e equipamentos”, ponderou.
“Após três anos de queda estamos recuperando, a despeito das altas taxas de juros”, disse José Velloso, presidente executivo da Abimaq. “A boa notícia é que estamos recuperando. A má notícia é que, mesmo assim, estamos muito longe do que já fomos no passado”, acrescentou.
O executivo lembrou que o consumo de máquinas e equipamentos sofreu uma queda muito significativa nos últimos 11 anos. Em 2013, o consumo de máquinas somava R$ 570 milhões; agora, em 2024, caiu para R$ 360 bilhões. Ou seja, uma queda de 35%.
Queda nas Importações – As importações apresentaram queda de 12,5% em fevereiro, na comparação com janeiro, mas mantiveram patamar historicamente elevado de US$ 2,4 bilhões: o valor mais alto para o mês de fevereiro da série iniciada em 1999.
Dentre os mercados com maior crescimento na importação de máquinas destaca-se o agrícola, que registrou expansão de 25,3% nas suas importações, o de componentes, com aumento de 23,5%, e o de infraestrutura e indústria de base, com crescimento de 21,6%.