(03/11/2024) – “O setor de máquinas e equipamentos encerrou o trimestre com números positivos. Em todas as variáveis os índices vieram superiores aos observados no trimestre anterior”, avaliou Cristina Zanella, diretor de Economia e Estatística da Abimaq, na semana passada, quando da apresentação do balanço setorial de setembro.
Entretanto, o mês de setembro apresentou uma desaceleração nas vendas, devido à retração nos negócios no mercado doméstico, com queda de 8,8% na comparação com o mesmo mês de 2023 e de 12,7% em relação a agosto.
De janeiro a setembro, a receita líquida do setor totalizou R$ 198 bilhões, montante 12,8% inferior ao do mesmo período de 2023, mas resultou em melhora quando comparada com a queda de 13,3% acumulada até o mês de agosto.
Exportações – Já as exportações apresentaram um resultado importante, na avaliação da diretora. Após a queda registrada no mês de agosto (-29,1%), as exportações de máquinas e equipamentos cresceram no mês de setembro, anulando a queda daquele período. O crescimento do mês se deu tanto em relação ao mês imediatamente anterior (+37,8%) quanto em relação ao mesmo mês de 2023 (+12,3%).
No mês as exportações somaram US$ 1,3 bilhão e voltaram a superar a média dos últimos dois anos. No entanto, no acumulado do ano (jan-set) continua abaixo (7,9%) do resultado do mesmo período de 2023.
No terceiro trimestre de 2024, as exportações cresceram 13,1% sobre o trimestre anterior, mas permaneceu em nível inferior ao observado no mesmo período do ano passado (-5,6%).
Importações – Em setembro, as importações de máquinas e equipamentos mantiveram-se estáveis em US$ 2,6 bilhões, com leve queda de 0,5%. Porém, na comparação com o mesmo mês de 2023 a alta é de 20,4%. No ano, às importações acumulam crescimento superior a 8%.
Apesar do quadro de estabilidade na comparação com o mês de agosto, se observou variações importantes nas importações de máquinas agrícolas que cresceu 25% e de máquinas rodoviárias que cresceu 23%.
Nos três primeiros trimestres, o crescimento nas importações de deu na maioria dos segmentos do setor. Porém, se apresentou de forma mais intensa na indústria de transformação, responsável por 70% do crescimento absoluto das importações.
