(01/09/2024) – No mês de julho de 2024, a indústria brasileira de máquinas e equipamentos apurou receita líquida de R$ 24 bilhões, o melhor resultado desde o mês de outubro de 2023, segundo a Abimaq, que divulgou o balanço do setor na semana passada.
Segundo a entidade, “o mês de julho de 2024 registrou continuidade da recuperação nas atividades medidas pelas receitas líquidas de vendas de máquinas e equipamentos, desta vez puxada pela melhora das vendas no mercado externo”.
Já os negócios no mercado interno, que haviam crescido em junho, recuaram no mês seguinte. O faturamento no mercado doméstico caiu 2,4%.
No entanto, no acumulado do ano, de janeiro a julho, a receita líquida soma R$147,37 bilhões, montante 14,3% inferior ao do mesmo período de 2023, mas representou uma melhora quando comparada com a queda de 16,4% acumulada até o mês de junho.
Exportações – O destaque do mês ficou mesmo para as exportações com um avanço de 45,1% sobre o mês anterior e de 14,3% sobre o mesmo mês de 2023. Com esse resultado, no acumulado do ano, a queda nas vendas externas passou de 9,1% (até junho) para 5,7% (até julho).
As exportações do mês de julho foram as maiores de 2024 e apresentaram valor recorde para o mês de julho, totalizando US$ 1,33 bilhão.
Importações – As importações também registraram alta, tanto na comparação mensal (+15,9%) quanto interanual (+16,6%). No ano, às importações passaram a acumular crescimento de 8,0%. Segundo a Abimaq, o resultado das importações do mês de julho (US$ 2,7 bilhões) é o melhor deste o ano de 2012.
“Do ponto de vista do investimento essa é uma informação positiva, reflete a intenção dos setores em modernizar o seu parque fabril, mas do ponto de vista do fabricante local denota piora na sua competitividade em relação ao bem importado com reflexo na perda de mercado cuja participação caiu de 60,4% em julho de 2023 para 54,3% em julho de 2024”, destaca a Abimaq.
Consumo Aparente – O mês de julho registrou incremento no consumo aparente de máquinas e equipamentos em relação ao mês anterior (+3,7% CAS) e em relação ao mesmo mês do ano passado (+5,1%), puxado pela melhora das importações. No ano, o consumo nacional de máquinas registra resultado negativo (-7,6%), mas manteve a tendência de recuperação observada desde início do segundo trimestre de 2024.