(01/09/2024) – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou na última segunda-feira, 26, o estudo “Hidrogênio sustentável: perspectivas para o desenvolvimento e potencial para a indústria brasileira”, no qual a entidade mostra que já existem investimentos anunciados para mais de 20 projetos com o uso de hidrogênio a partir de fontes renováveis no país, e que somariam R$ 188,7 bilhões.
O estudo, além de mapear a produção dessa fonte de energia, também indica quais as principais aplicações do insumo e quais os setores que mais se beneficiariam em cada caso.
De acordo com a pesquisa, o Porto de Pecém, no Ceará, se destaca como o destino que deve receber mais projetos e, consequentemente, o maior volume de recursos.
Para a CNI, a aprovação do marco legal do hidrogênio de baixo carbono (Lei 14.948) estabeleceu um momento histórico para a indústria brasileira.
Segundo a entidade, assim como a Lei do Petróleo foi fundamental para a exploração de hidrocarbonetos no Brasil em 1998, a nova lei deve marcar o início do desenvolvimento da cadeia do hidrogênio no território nacional, reforçando o comprometimento do país com a descarbonização da economia.
A CNI também observa que o baixo custo e a alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável colocam o país em condição de vantagem competitiva. Por essa razão, existe a expectativa que o Brasil produza hidrogênio com um dos menores custos do mundo em 2030.
Os projetos apurados pela CNI são os seguintes:
Presidente Figueiredo (AM) – Missão Estratégica Balbina Green Connection, R$ 12 bilhões.
Porto de Pecém (CE) – QAIR, R$ 35 bi; Base One, R$ 27,8 bi; Fortescue Future, R$ 25,8 bi; Transhydrogen Alliance, R$ 10 bi; Ingenostrum, R$ 7,7 bi; GoVerde, R$ 3 bi; EDP Piilot, R$ 41 mi.
Macau (RN) – Complexo Industrial para produção de hidrogênio e amônia verde Alto dos Ventos, R$ 12,9 bi.
Cabo de Santo Agostinho (PE) – Marítimo Dragão, R$ 19,6 bi.
Parnaíba (PI) – Casa dos Ventos e Comerc, R$ 20,6 bi.
Camaçari (BA) – Unigel fase III, R$ 4,9 bi; Unigel fase II, R$ 2,1 bi; Unigel fase I, R$ 2,1 bi.
Itumbiara (GO) – Furnas, R$ 50 mi.
Itajubá (MG) – Centro do Hidrogênio Verde, R$ 201 mi; Arcos (MG) – Projeto da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), R$ 44 mi.
Vila Velha (ES) – CEI Energética e Porto Central, R$ 100 mii.
São João da Barra (RJ) – Fortescue Ammonia Project, R$ 16,5 bi.
São Paulo (SP) – Plano de Expansão Unipar, R$ 100 mii; Hidrogen from bioethanol, fase I, R$ 50 mi.