(25/08/2024) – O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (Iode-PMEs) indica evolução de 13% na movimentação financeira das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras em julho de 2024, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
No acumulado do ano, o índice apresenta crescimento de 5,6% frente ao mesmo período de 2023. A alta ocorreu de maneira disseminada, com maior destaque para o comércio e a indústria.
O economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, Felipe Beraldi, observa, no entanto, que em parte a expansão deveu-se ao chamado “efeito calendário” – foram 23 dias úteis em julho de 2024, contra 21 no mesmo mês de 2023.
“Para diversos segmentos do mercado de PMEs, isso resulta em um faturamento mensal mais robusto, tornando a comparação algo desbalanceada”, comenta o executivo.
Por isso, segundo ele, também foi analisada a movimentação média diária de contas a receber das PMEs, que aponta para uma expansão de 3,2% frente ao mesmo período do ano anterior, ainda que mais contido do que a comparação entre os meses completos mensurada pelo Iode-PMEs.
O Iode é uma empresa de gestão baseada em plataforma (ERP) na nuvem, sendo que o Iode-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, divididas em 701 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: comércio, indústria, infraestrutura e serviços.
O comércio foi o que mostrou o maior faturamento em julho, 19,4%. Em 2023, registrou queda de 11,8%. O número foi puxado pelo atacado (+24,2%), mas também há sinais de recuperação do varejo nos últimos meses (+9,1%).
Já as empresas industriais apresentaram progresso de 18,5% no faturamento, mantendo a tendência positiva que se verifica no setor.
Em julho, o desempenho foi sustentado, especialmente, pelas atividades de fabricação de máquinas e equipamentos, móveis, celulose e papel e impressão e reprodução de gravações,
As PMEs do setor de infraestrutura também marcaram crescimento da movimentação financeira real (+8,6% em julho), após dois meses consecutivos no campo negativo.
No setor de serviços, as PMEs voltaram a mostrar boa performance em julho (+6,2%), após queda de 1,7% no mês anterior.