São Paulo, 25 de novembro de 2024

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17/08/2024

Produtividade na indústria cai e interrompe ciclo de alta

(18/08/2024) – A produtividade do trabalho na indústria de transformação caiu 1,3% no primeiro trimestre de 2024, comparada ao quarto trimestre de 2023, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Com este resultado, a trajetória de alta, detectada pela pesquisa Produtividade na Indústria no ano passado, sofreu interrupção.

No ano cheio de 2023, a produtividade do trabalho na indústria de transformação caiu 0,5%, comparada a 2022. Foi o quarto ano consecutivo de recuo do indicador, que acumula queda de 8,5% em relação a 2019, último ano de crescimento da produtividade.

No entanto, quando se analisa o ano de 2023 por trimestres, houve melhora em três dos quatro trimestres, o que levou a uma redução no ritmo de queda do índice, comparado aos resultados de 2021 (-4,7%) e de 2022 (-3,0%).

De acordo com a CNI, a queda no primeiro trimestre deste ano se deu por um aumento de 1% da produção, enquanto houve um crescimento mais acentuado das horas trabalhadas, de 2,3%.

A entidade observa, porém, que apesar do resultado mostrar um cenário de retração, ainda seria precipitado afirmar se esse recuo vai se confirmar ao longo do ano, e fazer de 2024 um outro ano de queda.

“Quando medimos a produtividade do trabalho pelo número de trabalhadores, por exemplo, o indicador mostra estabilidade”, explica a gerente de Política Industrial da CNI, Samantha Cunha. “Mas quando analisamos por horas trabalhadas, aí aparece a queda”.

Segundo ela, isso está ligado, em parte, ao fato de que há novos postos sendo abertos e é necessário um período de treinamento e adaptação até que essa nova força de trabalho se torne mais produtiva.

O levantamento mostra ainda que a demanda por bens manufaturados, que tem crescido de forma consistente nos últimos cinco meses, registrou alta de 5,2% em março, quando comparada a outubro do ano passado.

No entanto, essa demanda tem sido atendida principalmente por bens importados, visto que a produção nacional cresceu 1,9% no mesmo período de comparação.

Para Cunha, há muito espaço para a produção da indústria nacional continuar crescendo, impulsionando por tabela os índices de produtividade, a partir de acomodação das horas trabalhadas.

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