(04/08/2024) – Estimativa da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração dá conta de que, após um primeiro semestre de estabilidade, as vendas de equipamentos da linha amarela (movimentação de terra) deverão crescer 3% em 2024.
De acordo com o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, as vendas deverão alcançar mais de 32,9 mil unidades até o final deste ano. Com isso, o setor reverte o resultado de 2023, quando houve queda de 18% na comercialização.
“Desde 2020 a nossa indústria vive um novo período de alta, e até este ano a média de máquinas comercializadas tem ficado em torno de 31,9 mil”, afirmou o consultor Mario Miranda, coordenador do estudo. “É mais do que os 29,6 mil equipamentos vendidos entre 2010 e 2014, quando houve outro expressivo ciclo de crescimento”.
De acordo com Miranda, os atuais bons resultados estão relacionados às obras de infraestrutura e do Programa Minha Casa Minha Vida, ao aumento das locações de máquinas, aos movimentos gerados pelo agronegócio e pela mineração e à retomada de aquisição de máquinas no primeiro semestre de 2024.
“De outro lado, também há desafios para o setor, principalmente, a dificuldade de acesso ao crédito, a alta taxa de juros e inflação, o receio quanto ao aumento da carga tributária com a reforma, e o aumento dos custos operacionais, devido à escassez de mão de obra e à elevação do preço dos insumos”, acrescentou o consultor.
O novo relatório da Sobratema ainda trouxe um dado que mostra a evolução dos negócios do mercado de equipamentos: a frota parada alcançou o menor índice, com 14% em média ponderada.
“Essa redução tem sido crescente desde 2017, quando a média era de 57%”, destacou Miranda, segundo quem há tendências visíveis quanto à direção que o mercado irá tomar daqui para frente.
Para 29% construtoras, locadoras e dealers, por exemplo, ainda haverá no próximo período preferência por máquinas à combustão à diesel, enquanto 26% já avaliam a disponibilidade de equipamentos híbridos (combustão e elétricos).
Mas há praticamente consenso no setor de que é preciso se adaptar às novas tecnologias e às exigências por práticas sustentáveis.