São Paulo, 23 de novembro de 2024

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13/11/2011

Espanhóis desenvolvem tecnologia de usinagem com jato de água

(13/11/2011) – Pesquisadores espanhóis do Instituto Tecnalia e da Universidade do País Basco, sob coordenação da CIC marGUNE (Centro de Investigação Cooperativa em Fabricação de Alto Rendimento do País Basco) desenvolveram processo de usinagem com água. A nova tecnologia é particularmente adequada ao fresamento de peças aeronáuticas.

Segundo os pesquisadores, se o fresamento convencional é um processo otimizado no caso do alumínio e suas ligas, o mesmo não ocorre com outros materiais, como Inconel e titânio, “que são de baixa usinabilidade e produzem grande desgaste nas arestas das fresas”, afirma Amaia Alberdi, pesquisadora da Tecnalia. “É para estes casos que identificamos o nicho do fresamento com água”, acrescenta Alfredo Suarez, também pesquisador da Tecnalia.

A máquina que está sendo utilizada pelos pesquisadores, assim como as demais do mercado, permitem modificações dos parâmetros de corte somente no início do processo. Porém para utilizá-la no processo de fresamento, seria necessária a possibilidade de variar os parâmetros durante a operação. “Para isso, necessitamos que algum fabricante de máquinas de corte por jato de água se interesse por nosso projeto e nos ceda uma máquina aberta, onde possamos implementar o modelo desenvolvido”, informa a pesquisadora.

Diante dos limites da máquina atual, os pesquisadores desenvolveram um modelo preditivo com diferentes passos. “Temos estudado diferentes trajetórias do jato de água para analisar quais delas oferecem a profundidade mais homogênea possível” , explica Amaia Alberdi.

Alberdi e Suarez estão convencidos de que a tecnologia de usinagem por jato de água tem grande potencial, especialmente em peças para aplicações aeroespaciais. “A vantagem é que se poderá fazer um primeiro desbaste a um custo bem mais econômico que pelos processos atuais, já que as técnicas de fresamento convencional utilizam ferramentas de corte de alto valor e que sofrem grande desgaste”, conclui Alfredo Suarez.

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