(29/10/2023) – A Lwart Soluções Ambientais vai investir R$ 1 bilhão na expansão do parque produtivo localizado em Lençóis Paulista (SP). A empresa, que é 100% brasileira e especializada em transformação de resíduos, deverá com o investimento aumentar a capacidade de processamento de óleos lubrificantes usados ou contaminados em 50%, passando dos atuais 240 milhões de litros/ano para 360 milhões de litros/ano.
Quando a nova fábrica entrar em operação, em 2025, a Lwart se tornará a segunda maior rerrefinaria do mundo. Durante a construção da planta, são estimados até 1.200 novos postos de trabalho. Após o período de construção, a empresa calcula que deverão ser criados 400 novos empregos diretos.
A ampliação permitirá à empresa produzir um maior volume de óleo básico de alto desempenho – chamado tecnicamente de Grupo II -, produto em que o Brasil não é autossuficiente na produção e precisa importar.
“A Lwart coleta óleo lubrificante usado em todo o território nacional e, com esta a expansão, devemos crescer ainda mais em capilaridade”, afirma Thiago Trecenti, presidente da companhia. “Isso vai garantir ao país tanto um maior volume do resíduo gerido de forma correta, como uma maior produção de óleo básico Grupo II, de que tanto necessitamos”.
De acordo com Trecenti, é necessário o emprego de alta tecnologia para transformar um resíduo em um óleo de extrema qualidade, mas a reciclagem vale a pena também porque o processo de rerrefino pode ser realizado infinitas vezes, provocando um impacto positivo na preservação ambiental.
O óleo lubrificante usado ou contaminado, conhecido como OLUC, além de ser um resíduo perigoso, é ainda um dos principais vilões do meio ambiente e da saúde pelo alto poder de contaminação da água, solo e ar, quando descartado incorretamente. A legislação brasileira estipula que o único destino correto para o OLUC é o processo de rerrefino.
A gestão do OLUC realizada pela Lwart é uma referência no setor e um exemplo de economia circular. Além do aproveitamento do óleo usado em óleo básico de alto desempenho, o restante do processo gera subprodutos, como o combustível gerador de calor para a própria planta e um composto asfáltico usado na construção civil.