São Paulo, 23 de novembro de 2024

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30/05/2023

Bosch vai investir R$ 940 mi em suas operações na América Latina

(31/05/2023) – A Bosch pretende investir R$ 940 milhões em suas operações na América Latina ao longo de 2023. A quantia supera em mais de 16% o aporte realizado pela empresa na região no ano passado, que somou R$ 806 milhões.

O novo valor foi revelado por Gastón Diaz Perez, presidente da Robert Bosch América Latina. De acordo com ele, o investimento será voltado principalmente para a melhoria da infraestrutura produtiva e para as áreas de digitalização e pesquisa e desenvolvimento.

O aporte também custeará a produção e a pesquisa em outras unidades de negócio afora o automotivo, como mineração, agro e ferramentas elétricas.

O grupo alemão passa por um período de expansão no subcontinente. Em 2022, o faturamento chegou a R$ 10,3 bilhões, 11,5% a mais do que no ano anterior, incluindo as exportações e os negócios de empresas coligadas.

O Brasil continuou como o maior mercado e base produtiva da empresa na região, tendo respondido por 74% do volume de vendas, equivalente a algo em torno de R$ 7,8 bilhões, sendo que 23% deste valor foram gerados em exportações para os mercados da América Latina, América do Norte e Europa.

“Esse crescimento robusto confirma o acerto da nossa estratégia de longo prazo de investir em soluções de produtos e serviços com alto valor agregado”, disse Perez, que projeta um crescimento mais moderado das vendas este ano, mas ainda assim significativo.

O executivo esclareceu que perto de um terço do investimento programado para 2023 beneficiará o desenvolvimento de competências, tecnologias, produtos e serviços de digitalização justamente no Brasil.

A participação dessas áreas ainda é incipiente no faturamento da operação local, cenário que Perez espera estar modificado até o fim desta década, quando a Bosch acredita estar faturando cerca de R$ 20 bilhões, com crescimento substancial também da divisão de ferramentas elétricas.

“O mercado estima que metade do custo de um automóvel daqui a uma década, por exemplo, se deverá a softwares”, disse Perez. “O Brasil não poderá ficar fora desse universo e só continuar a produzir autopeças. O nosso objetivo é obter uns 10% do faturamento da operação brasileira com serviços e produtos de digitalização em 2030”.

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