(06/11/2022) – A Agrale Argentina, subsidiária do grupo brasileiro Agrale, apresentou em Buenos Aires o primeiro ônibus elétrico produzido no país platino.
O veículo, construído sobre plataforma do chassi MT17.0 LE, foi desenvolvido em parceria com a Agrale brasileira, que produziu o chassi, a empresa britânica Equipmake, fornecedora do conjunto de propulsão, e a argentina Todo Bus, produtora da carroceria.
A empresa informou que está pronta para iniciar a produção em série do veículo, para atender tanto à demanda argentina como dos países da América Latina mais avançados na aplicação da eletromobilidade.
De acordo com Ignacio Armendariz, diretor comercial da Agrale na Argentina, o ônibus elétrico da empresa traz vantagens competitivas comparado aos modelos chineses, em preço, prazo de entrega e assistência técnica.
O Agrale MT17.0 LE é um ônibus urbano, com chassi de piso baixo para maior conforto no embarque e desembarque. Tem peso bruto total de 17 t e é equipado com motor de 400 kW de potência e 3.500 Nm de torque.
A autonomia é de 250 a 300 km. O sistema de propulsão do ônibus é alimentado por um conjunto de quatro baterias de íon de lítio, que gera 316 kWh. A recarga por conector de corrente contínua dura aproximadamente quatro horas.
Hoje, há apenas 20 ônibus elétricos em circulação na Argentina (18 em Mendoza e dois em Buenos Aires). A propulsão elétrica está bem mais avançada em outros países da região, como Chile, Colômbia, e México, cujas frotas já ultrapassam 1.800 unidades em operação.
O mercado potencial da Agrale Argentina na área de ônibus com propulsão elétrica é, portanto, enorme dentro do próprio país, apesar do custo inicial de um ônibus elétrico ser praticamente o dobro de um veículo a diesel.
“Esta desvantagem é largamente compensada pelos benefícios ambientais proporcionados pela mobilidade elétrica, pelo menor custo operacional a longo prazo, a redução de ruído e o maior conforto e bem-estar oferecido aos usuários”, afirma Armandariz.
Pare o executivo, a diferença do custo inicial entre ônibus elétricos e a diesel também deverá ser reduzida ao longo do tempo, quando os primeiros começarem a ser produzidos em maior escala.