(28/08/2022) – Realizada na última semana, entre os dias 23 a 25 de agosto, a Intersolar South America 2022 mostrou a tendência de expansão do setor de energia solar fotovoltaica no Brasil. De acordo com Florian Wessendorf, diretor administrativo da Solar Promotion International (organizadora internacional do evento), a fonte solar FV cresceu de forma exponencial no mundo apesar da pandemia.
Conforme afirmado por Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, durante a abertura do evento, a projeção é de que em duas décadas a fonte solar seja a primeira no Brasil, ultrapassando a hidrelétrica. Hoje, a fonte solar é a 3ª colocada no ranking da matriz elétrica nacional. Ainda de acordo com Koloszuk, no ano passado o Brasil foi o quinto país que mais cresceu em energia FV e atualmente ocupa a 13ª posição global.
Recentemente, o Brasil ultrapassou a marca histórica de 16 GW de potência instalada da fonte solar FV. Os dados da Absolar consideram os resultados das usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados e/ou fachadas. A entidade se mostra bastante otimista: a meta é ter, até o final de 2026, cinco milhões de telhados solares no país, somando cerca de 25 GW de capacidade instalada.
De acordo com cálculos da Absolar, caso essa meta seja batida, serão investidos R$ 124,5 bilhões e gerados 750 mil postos de trabalho. A arrecadação dos cofres públicos deverá ser de R$ 37 bilhões. Caso haja o estabelecimento de uma política de Estado dedicada ao setor, a associação afirma que, até 2030, 12 milhões de sistemas estarão instalados em telhados em todo o país, elevando o Brasil a uma capacidade de 60 GW em geração distribuída.