(06/02/2022) – A produção industrial brasileira avançou 2,9% em dezembro na comparação com o mês de novembro de 2021, com destaque para a indústria de bens de capital, que avançou 4,4%, depois de uma perda de 2,4% no mês anterior. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O avanço de dezembro fez com que a produção industrial tenha acumulado uma expansão de 3,9% no ano passado, interrompendo dois anos consecutivos de queda, de -1,1% em 2019 e de -4,5% em 2020. Mas, frente a dezembro de 2020, a indústria recuou 5,0%, quinta taxa negativa nesse tipo de comparação.
De acordo com o instituto, a tendência aponta para uma variação ascendente. De fato, a variação nula (0,0%) registrada em novembro de 2021 já tinha interrompido cinco meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 3,3%.
A média móvel trimestral da indústria também mostrou expansão, de 0,8% no trimestre encerrado em dezembro de 2021 frente ao nível do período anterior, interrompendo a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2021.
De novembro para dezembro, na alta de 2,9% da atividade industrial, as quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento na produção, especialmente as indústrias de veículos automotores, reboques e carrocerias (12,2%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (12,0%).
Já a indústria metalúrgica avançou 3,8%, enquanto a de máquinas e equipamentos registrou expansão de 1,3%. Dentre as atividades em queda, a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,9%) foi a que provocou o principal impacto negativo em dezembro de 2021.
A maior expansão entre as grandes categorias econômicas em dezembro foi, até acima da de bens de capital (4,4%), registrada pelos bens de consumo duráveis (6,9%), que acumularam 8,1% em dois meses consecutivos de crescimento.
Os setores produtores de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis e os de bens intermediários também mostraram crescimento nesse mês, embora em patamares mais baixos. A indústria produtora de bens semi e não-duráveis registrou avanço de 1,5%, e a de bens intermediários, 1,2%.