(16/01/2011) – “A desoneração total dos investimentos, a redução da taxa SELIC e, principalmente, a desvalorização do REAL frente ao dólar, precisam ser as prioridades no primeiro semestre do governo Dilma, que terá ampla maioria no Congresso Nacional. Nunca um presidente do Brasil teve apoio tão significativo do Congresso Nacional como o que ela tem agora. Ou mudamos esse país em seis meses ou continuaremos a ser o país das oportunidades perdidas.”
Com essas palavras, Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, expressou a expectativa do setor em relação ao novo Governo. Há tempos a Abimaq vem se posicionando no sentido de que o Brasil é o único país do mundo que tributa quem investe. A carga tributária sobre o investimento é de 35% enquanto o capital especulativo é premiado com a maior taxa de juros do mundo.
A Abimaq vem alertando para o processo de desindustrialização que vem ocorrendo no Brasil, agravado pelo câmbio valorizado. “Estamos exportando empregos de alta qualidade, que deveriam ser gerados no Brasil. Não existe país desenvolvido que não tem um setor de bens de capital desenvolvido”, destaca Aubert.
Nos pleitos da Abimaq junto aos presidenciáveis Luiz Aubert sempre defendeu que o novo governo adote medidas que estimulem a produção interna, valorizando o capital produtivo. “O real forte e a alta carga tributária prejudicam o setor”.
Medidas urgentes – O segmento de máquinas e equipamentos é um dos mais expostos à concorrência chinesa e isso requer medidas urgentes. Entre os segmentos que também estão passando por elevação no nível das importações, como os da área têxtil, de calçados e autopeças, o de bens de capital é o que tem registrado os maiores níveis de importações.
O crescimento das importações, que pode resultar na extinção de cadeias produtivas, caso o câmbio se mantenha sobrevalorizado por mais tempo, é extremamente perverso para o setor de máquinas e equipamentos e de acordo com o departamento de competitividade da Abimaq a participação dos importados no total do mercado interno, que representava fatia de 15,7% em 2009, deverá atingir participação de 20% neste ano, alta de 4,3 pontos percentuais.
(Texto produzido pela assessoria de imprensa da Abimaq)