São Paulo, 23 de dezembro de 2024

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29/08/2010

Setor de máquinas de construção na berlinda!

(*) Vicente Pimenta

(29/08/2010) – Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil. Todo mundo está contente, o País está sendo falado ao redor do globo, não só por isso, mas também porque fazemos parte da porção do mundo que mais cresce. Com isso, temos sido apontados pelos especialistas como um bom local para investir. Temos ou não motivos para comemorar? Claro que temos. A impressão que dá é que finalmente moramos em um País com perspectivas concretas de progresso e melhorias dos níveis sociais. Qual é a bronca então?

Na verdade eu não sei bem o que acontece; apesar de tantos sinais de coisas boas pela frente, o que a gente mais ouve são coisas ruins. Sempre que se fala das grandes e desafiadoras obras que o Brasil terá de fazer para atender a esses megaeventos, o comentário que vem é: humm, aí tem! Vai ter muita gente que vai mamar! Superfaturamentos, contratos duvidosos… Aí eu penso: afinal, de onde vêm essas opiniões? São as pessoas que trazem de muito tempo a “Lei do Gerson” em seu DNA e só acreditam que algo é dado ao povo porque alguém já lucrou antes? É uma mistura disso tudo ou são outras coisas?

Não sou ingênuo. Sei que muita coisa pode de fato acontecer e não podemos pensar que tudo são maravilhas. Devemos sempre estar atentos e os mecanismos legais de controle devem ser utilizados à exaustão. Agora, no meio dessa boataria toda, tendo fundamento ou não, há uma coisa que me incomoda muito: saber que direta ou indiretamente o segmento de máquinas de construção faz parte deste imbróglio.

É preciso que se diga, e os leitores sabem muito bem, o setor não foi criado ontem “oportunisticamente” após o anúncio de o Brasil se transformar na sede de dois dos maiores eventos esportivos do mundo. A indústria de máquinas de construção se instalou no País há muitas décadas, investiu ao longo de sua história alguns bilhões de dólares, ajudou o Brasil a se transformar na potência que é e vai ajudá-lo a ser ainda mais importante no cenário mundial. E mais: não faz muito tempo, esteve mergulhado em grave crise, que custou o emprego de muito trabalhador honesto, e saiu dela sem ajuda de ninguém. É, portanto, segmento sério, comprometido com o crescimento do País e pronto para suportar os imensos desafios que o Brasil terá de assumir perante a comunidade internacional.

Sendo assim, antes de falar que a maracutaia já está armada, que o bolo já foi repartido, que a aposentadoria está chegando para os de sempre, lembre-se que se você está onde está é porque um dia uma estrada foi aberta, que o terreno foi preparado, que máquinas geraram energia, que edifícios foram construídos, que sua escola foi erguida e que o segmento de máquinas de construção já fez muita coisa, já lucrou muito e vai lucrar mais, assim como você e toda a sociedade.

Questão muito diferente é a regulamentação, que o setor precisa. Este, aliás, é o tema do painel sobre Máquinas Agrícolas e de Construção do Congresso SAE BRASIL 2010, que será no dia 5 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo. Neste ano, discutiremos a necessidade de se regulamentar o mercado de máquinas, que hoje é livre de barreiras. Isso propicia a oferta em nosso País de máquinas poluidoras, ruidosas e sem segurança, provenientes de várias partes do mundo, competindo predatoriamente com as empresas instaladas no País e com a engenharia brasileira.

(*) Vicente Pimenta é vice-diretor do Comitê de Máquinas Agrícolas e de Construção do Congresso SAE Brasil 2010

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