São Paulo, 22 de dezembro de 2024

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06/09/2009

A Petrobras não pode parar

(*) Carlos Maurício de Paula Barros

(06/09/2009) – Nos últimos 10 anos, a engenharia industrial brasileira reconquistou, a duras penas, a capacidade perdida ao longo das duas décadas passadas, quando foi quase dizimada, pela falta de investimentos.

Nesta retomada, a engenharia industrial brasileira deve muito à Petrobras, que desempenhou um papel fundamental, pelo sempre crescente volume de seus investimentos e, principalmente, por acreditar na engenharia brasileira.

A exigência contratual de conteúdo nacional mínimo na execução de seus empreendimentos deu segurança para que as empresas fizessem investimentos em pessoal e equipamentos, resultando em capacitação e na recuperação da competitividade perdida no passado.

Hoje, o setor gera mais de 200 mil empregos diretos e lidera programas de formação de pessoal, que visam capacitar mais 360 mil trabalhadores especializados até 2011, para fazer frente aos novos investimentos anunciados pela Petrobras inclusive no pré-sal.

Na contramão da crise mundial, que congelou os novos projetos, a Petrobras anunciou aumento de 55% em seus investimentos até 2013, dos quais 91% a serem gastos no Brasil.

Serão perto de 100 milhões de dólares por dia, durante cinco anos, a serem aplicados em exploração e produção, no aumento da capacidade e qualidade do refino e no desenvolvimento das importantes descobertas das jazidas do pré-sal, que podem nos levar à condição de exportadores de petróleo.

Nas crises mundiais do passado, o Brasil sempre esteve em desvantagem e sofreu mais prejuízos do que os outros países. Desta vez, a economia brasileira conta com fundamentos sólidos, que pela primeira vez nos colocam em posição relativa vantajosa. Se acelerarmos os investimentos com inflação controlada, sairemos na frente e melhor.

Não podemos deixar que interesses políticos venham frustrar esta possibilidade real de melhoria. Esperamos que a CPI da Petrobras se concentre nos tópicos de real interesse para a sociedade brasileira, sem travar os projetos, permitindo ao país aproveitar esta oportunidade histórica. E desejamos que o TCU venha a desempenhar seu trabalho de forma a divulgar para a sociedade, apenas os fatos com conclusões definitivas.

Qualquer empresa controlada pelo poder público deve estar sujeita à fiscalização da sociedade, porém, a divulgação pela imprensa de suposições ou opiniões pessoais, como tem ocorrido, vem denegrir a imagem da Petrobras, principal empresa brasileira, mas também vem para a opinião pública condenar, sem julgamento, importantes empresas da engenharia nacional. O resultado é o adiamento dos projetos, que traz graves repercussões negativas no setor da engenharia industrial brasileira, especialmente nos segmentos que se preparam para trabalhar no desenvolvimento da exploração e produção das jazidas do pré-sal.

O adiamento dos projetos vai também atrasar a saída da crise que nos afeta e, mais uma vez, adiar a oportunidade e o sonho de melhorarmos o país.

(*) Carlos Maurício de Paula Barros é engenheiro e presidente da ABEMI – Associação Brasileira de Engenharia Industrial

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