O Sistema Usiminas planeja entrar em um novo ciclo de investimentos, semelhante ao realizado entre 1997 e 2002, quando investiu US$ 3 bilhões. Segundo a direção do grupo, foram esses investimentos – somado a um bom aproveitamento do momento favorável do mercado internacional de aço – que permitiram atingir uma sólida situação financeira.
Segundo o comunicado da empresa, “os bons resultados conquistados nesta primeira fase, que culminou neste ano com o processo de integração total com a Cosipa, vão propiciar ao Sistema Usiminas definir novas alternativas estratégicas e um novo ciclo de investimentos a médio e longo prazo”.
O novo ciclo – que envolverá investimentos de US$ 1,5 bilhão em cinco anos – terá duas frentes estratégicas principais. Serão realizados investimentos em qualidade e enriquecimento de mix em suas duas usinas (Ipatinga, em Minas Gerais, e Cubatão, em São Paulo), que possibilitarão comercializar produtos de valor agregado maior e qualidade superior (transformando placas em produtos acabados, ou produtos básicos em outros de maior valor).
Esta frente contempla ainda investimentos em qualidade (equipamentos de metalurgia secundária) na Usina de Ipatinga, reforçando a liderança tecnológica da Usiminas em setores como montadoras e tubos de grande diâmetro, dentre outros. E também a construção de uma nova coqueria e de outra termelétrica, que aumentará sua auto-suficiência energética para mais de 50%. Além disso, antecipando-se ao crescimento da demanda, planeja ampliar a capacidade de laminação de chapas grossas em 300 mil t/ano.
Para a usina de Cubatão está prevista a construção de um novo laminador de tiras a quente, com capacidade de até 4 milhões t/ano, que permitirá ampliar a oferta do Sistema de produtos de alta qualidade (inclusive laminados de maiores e menores espessuras). Também serão reformadas em Cubatão duas máquinas de lingotamento contínuo e equipamentos auxiliares de aciaria, elevando a capacidade total do Sistema Usiminas para a marca de 10,0 milhões de toneladas (atualmente de 9,5 milhões de toneladas).
NOVA USINA – A outra frente estratégica está na internacionalização competitiva do grupo, incluindo parcerias e aquisições no exterior. Outro projeto é a construção de uma usina com capacidade de 5 milhões t/ano de aço, envolvendo investimento de US$ 3 bihões, cujo projeto e seleção de parcerias, como a CVRD, já avançam.
Segundo o presidente do Sistema, Rinaldo Campos Soares, a nova usina só será viável mediante duas condições básicas. “Em primeiro lugar, a nova usina deverá ser construída em parceria com outras empresas de maneira a ganhar escala e minimizar os riscos. Em segundo lugar, a produção dessa nova usina deverá ter sua demanda assegurada no exterior, através de laminação própria ou contratos de longo prazo com esses parceiros internacionais”, afirma.
