A direção da DaimlerChrysler informou que planeja investir 19 bilhões de euros, em todo o mundo, no triênio 2006/2008. Desse total, o Brasil ficará 200 milhões de euros. Trata-se do quarto maior volume de recursos no período, perdendo apenas para Alemanha (1,6 bilhão de euros), EUA e Japão.
O investimento no ABC, segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, deve incluir um novo projeto para substituir a linha de montagem de motores de grande porte, destinados a caminhões pesados e ônibus articulados. O produto deixará de ser fabricado em dois anos. A nova geração de motores que vai atender normas de emissão estabelecidas no programa Euro IV não será feita no País. Os motores de grande porte representam cerca de 30% da produção do ABC e têm peso significativo nas exportações. Em 2005, metade de tudo o que foi feito na unidade seguiu para outros países, especialmente os EUA.
O programa trienal – não confirmado pela filial brasileira – foi divulgado pela matriz do grupo aos representantes dos trabalhadores, em reunião realizada na Alemanha. O montante supera em 10% o valor investido no triênio anterior, segundo o representante brasileiro no Comitê Mundial de Trabalhadores da DaimlerChrysler, Valter Sanches.
A empresa deve anunciar até o fim do mês o futuro da fábrica de Juiz de Fora (MG). A unidade mineira deixou de produzir o modelo Classe A no ano passado. Hoje, apenas monta o Classe C com peças recebidas da Alemanha e depois reexporta o veículo pronto. “Estamos na expectativa, mas esperamos que seja anunciado um novo produto para a fábrica”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora, Geraldo Werneck.
Fonte: O Estado de São Paulo