A queda dos juros e o aumento da renda dos trabalhadores fortalecem o consumo interno e impulsionam a recuperação da atividade industrial. “Há claros sinais de crescimento da produção”, informa a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada em 5 de julho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Conforme o estudo, as vendas da indústria de transformação brasileira cresceram 0,73% em maio na comparação com abril, na série livre de influências sazonais. Em relação a maio de 2005, o indicador apresenta expansão de 4,55% e acumula alta de 1,59% no ano. Segundo a entidade, além do incremento no consumo interno, o resultado da indústria de maio foi impulsionado pela desvalorização do real frente ao dólar, que melhorou o faturamento dos exportadores.
Outros dados do estudo mensal da CNI confirmam a recuperação da produção. O emprego industrial aumentou 0,46% em maio em relação a abril, descontados os efeitos sazonais. Esse é o quarto mês consecutivo de expansão do emprego industrial, que acumula crescimento de 0,86% de janeiro a maio deste ano em relação ao mesmo período de 2005. “O emprego industrial está respondendo quase que prontamente ao crescimento da atividade industrial”, afirma a pesquisa.
As horas trabalhadas na produção aumentaram 1,19% em maio na comparação com abril, na série com ajuste sazonal. A utilização da capacidade instalada atingiu 81,3%, ante os 81,0% registrados em abril. De acordo com os técnicos da CNI, os dados indicam que há boas perspectivas para a produção industrial nos próximos meses. “De um lado, a demanda interna mantém-se vigorosa, com massa real de salários e crédito em tendência ascendente, de outro, os estoques reduziram-se significativamente entre o fim de 2005 e o primeiro trimestre de 2006, o que abre a possibilidade de crescimento futuro da produção industrial”, diz o estudo da CNI.
A pesquisa Indicadores Industriais é feita mensalmente com aproximadamente 3 mil empresas de médio e grande portes, em 12 estados.
