A direção da Volkswagen na Alemanha divulgou que implantará nova linha de montagem de veículos na fábrica de Taubaté, destinada à fabricação dos modelos que serão lançados pela empresa. O anúncio dos investimentos foi condicionado à aprovação de um acordo, que prevê demissões de até 700 trabalhadores na unidade até 2008, negociado com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté.
Segundo a Volks, a implantação da nova linha de produção em Taubaté começa ainda este ano. O sindicato estima que serão investidos pela montadora cerca de US$ 500 milhões até 2008. Os investimentos serão destinados à montagem de novos modelos e versões, modernização das linhas de produção, automação industrial, atualização das tecnologias de engenharia e manufatura automotiva e capacitação profissional dos empregados.
Mesmo com a implantação de uma nova linha de produção, a direção da Volks não vai desativar a linha responsável pela fabricação dos carros Gol e Parati da unidade.
Segundo a Volks de Taubaté, a aprovação do acordo garante a implementação das ações previstas no “Plano de Reestruturação – Fase II” da Volkswagen do Brasil, que envolvem medidas de reduções de custo e aumento da produtividade. “É um momento muito importante para nós. Vamos acompanhar as discussões sobre os investimentos. Esperamos vender um novo produto para o mercado. Deixamos de ser uma referência negativa e iremos agregar novos fornecedores”, disse Isaac do Carmo, vice-presidente do sindicato. Segundo ele, o número de demissões pode ser inferior a 700 em caso de maior produtividade e aquecimento do mercado. “É um limite, temos a expectativa de reduzir esse número”.
Durante a reunião, realizada em Wolfsburg (norte da Alemanha), a direção mundial da Volks confirmou que, por enquanto, Taubaté será a única unidade da empresa a ser beneficiada com investimentos. Novos recursos somente serão alocados em outras unidades do Brasil ou exterior mediante a implantação de medidas de redução de custos, adequação do quadro de pessoal e elevação dos patamares de produtividade.
O acordo aprovado em Taubaté prevê, entre outros, a demissão de até 700 pessoas entre 2006 e 2008, aumento de descontos no plano médico, banco de horas e jornada flexível.
Fontes: InvestNews/ValeParaibano
