A produção científica brasileira cresceu 19% em 2005, comparada ao ano anterior. A informação foi apresentada na semana passada, durante a 58ª Reunião Anual da SBPC, em Florianópolis (SC), por Jorge Guimarães, presidente da Capes, do Ministério da Educação e Cultura. Os dados constam do ranking dos 30 países com maior número de artigos científicos publicados em revistas altamente qualificadas no exterior, também apresentado no evento.
Apesar do crescimento, o Brasil manteve a mesma posição de 2004, a 17ª posição, o que corresponde a 1,8% da produção mundial. “A cada cinco anos, o país teve um crescimento de cerca de 50%. Isso significa que, em três anos, o Brasil ocupará a 15ª posição neste ranking, ultrapassando dois grandes países a nossa frente atualmente, que são a Suíça e a Suécia”, disse o presidente da Capes.
Guimarães alerta que o país precisa de mais cientistas. Para cada 100 mil habitantes quatro são doutores, contra da Coréia do Sul. “A proporção de cientistas para a população brasileira é muito baixa, em comparação com países com mais larga tradição, como esses vários países que o Brasil ultrapassou nos últimos 15 anos, como Bélgica, Israel, Noruega, e muitos outros. Hoje temos cerca de 140 mil estudantes de mestrado e doutorado, que são orientados por 34 mil doutores. É pouco”, argumenta. O presidente da Capes, lembrou que a meta do Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG 2005-2010) é formar 16 mil doutores em 2010.
De acordo com o levantamento, o Brasil cresceu 49% nos últimos cincos anos. Anualmente, o País quebra seu próprio recorde do ano anterior. Isso vem ocorrendo desde 1981. Quem estava na 17ª posição era a Suécia, que agora está na 16ª. A qualidade da produção brasileira vem crescendo da mesma maneira.
No topo do ranking estão os EUA, responsáveis por 32,7% da produção científica mundial, seguido do Japão, com 8,5%; Alemanha com 8,4%; Inglaterra com 7,4%; e em quinto lugar, China com 6,7%. O ranking é baseado no Institute for Scientific Information (ISI), ligado à Thomson Scientific. A base reúne as maiores e mais importantes publicações científicas do mundo. (Adriane Cunha – Agência Brasil)