São Paulo, 26 de novembro de 2024

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07/10/2006

O efeito China na indústria de autopeças mundial

Estudo da consultoria AlixPartners, dos EUA, e sua parceira local, a Galeazzi Consultores Associados, informa que 38% dos fabricantes norte-americanos de autopeças correm o risco de quebrar em dois anos, se não tomarem medidas urgentes para se preparar contra a concorrência chinesa. No mundo, esse índice cai para 24%.

Em entrevista à revista Carta Capital, Stefano Aversa, diretor da AlixPartners, disse que “a lição para o Brasil é que a globalização está mais rápida do que nunca”. O consultor explica: os japoneses precisaram de 20 a 30 anos para se estabelecer no mercado americano; os coreanos levaram cerca de dez anos. Já os chineses necessitarão apenas de cinco anos. “As mudanças nas autopeças devem começar agora, enquanto há folga de caixa e boas condições de mercado”, disse Aversa.

Por outro lado, avalia que a crise na cadeia automobilística traz oportunidades para o Brasil, na medida que há mais montadoras em busca de alta qualidade e baixo custo. Mas faz um alerta: “Esta é uma faca de dois gumes”. Para Anversa, os fornecedores brasileiros têm razão de estar preocupados com a invasão de peças chinesas baratas. “A melhor saída é deixar de lado o sentimentalismo e tornar as operações as mais eficientes possíveis, mantendo em mente que o custo, mais do que o lucro, é o que importa. Este é o único caminho para ser competitivo a longo prazo”, ensina.

Anversa tem ainda outro conselho aos fabricantes de autopeças brasileiros: “Devem prestar mais atenção aos próprios fornecedores, algo que as empresas americanas aprenderam do modo mais difícil nos últimos dez anos. Não basta ser forte sozinho. Com a invasão dos chineses, as empresas vão perceber que são tão fortes quanto o elo mais fraco da cadeia de produção”.

Anversa apresentou o estudo a associados do Sindipeças. Lá afirmou que “as empresas brasileiras têm no máximo três anos para se adequar à nova realidade mundial, ou perderão espaço”. Para o consultor, “há um redesenho no setor de autopeças e o Brasil deve lutar para continuar figurando entre os principais fornecedores globais”.

Fontes: Carta Capital, Valor Econômico e Gazeta Mercantil

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