São Paulo, 21 de novembro de 2024

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18/12/2021

Para CNI, PIB do Brasil deve crescer 1,2% em 2022

(19/12/2021) – A CNI – Confederação Nacional da Indústria está projetando, num cenário otimista, crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) em 2022, e de apenas 0,3% num cenário mais pessimista.

A previsão consta do documento “Economia Brasileira: 2021-2022”, divulgado na última quarta-feira, 15, com um balanço da economia brasileira e previsões para 2022.

De acordo com o presidente da CNI, Robson de Andrade, para a estimativa de 1,2% se consolidar, alguns problemas conjunturais terão de ser ao menos parcialmente superados, como inflação, emprego e normalização das cadeias globais de valor a partir do segundo semestre do ano.

“A redução do Custo Brasil também será fundamental para o setor produtivo, que segue engessado por problemas estruturais”, disse Andrade, apontando como necessidades mais prementes uma reforma tributária ampla e a modernização e ampliação da infraestrutura.

A CNI calcula que o PIB do Brasil terá alta de 4,7% em 2021, explicável pelo fraco desempenho da economia em 2020.

Estima também um crescimento de 5,2% da indústria de transformação ao final deste ano. Esse percentual é bem inferior à previsão anterior da entidade, de alta de 7,9%. Em um cenário-base, a indústria deve crescer 0,5% em 2022.

Segundo o gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, o PIB da indústria de transformação assumiu uma trajetória de queda ao longo de 2021.

“A escassez e a alta de insumos foram um dos fatores determinantes para a trajetória negativa da indústria neste ano”, sublinhou.

De acordo com a CNI, a taxa de câmbio terminará 2022 em R$ 5,60 por dólar, o mesmo patamar do fim de 2021, mas deve haver muita oscilação ao longo do ano. Essa previsão considera a Taxa Selic em 11,5% ao ano e uma pequena elevação na taxa de juros nos Estados Unidos. A inflação, por sua vez, tenderá a desacelerar ao longo do ano que vem.

Para 2022, a normalização do fornecimento de insumos e matérias-primas e a taxa de câmbio real, ainda bastante desvalorizada, darão fôlego às exportações brasileiras e estimularão um processo de substituição de importações.

A CNI projeta que as exportações alcancem US$ 280 bilhões no ano que vem, patamar um pouco superior ao de 2021.

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