São Paulo, 23 de novembro de 2024

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17/03/2020

AMG extrai lítio de rejeitos de barragens de mineração em MG


(18/03/2020) – A AMG Mineração, integrante de grupo holandês com atuação nos setores de mineração, metalurgia e engenharia de materiais, vai extrair lítio dos rejeitos de mineração de tântalo em duas barragens de mineração, localizadas no município de Nazareno, no Interior de Minas Gerais. As barragens estavam desativadas e foram construídas pelo metodo a montante, que foi proibido pela ANM – Agência Nacional de Mineração após os rompimentos de Brumadinho e Mariana.

O projeto teve início em 2018. Nesta nova fase o investimento será de R$ 221 milhões e o BNDES irá financiar 18% desse total. Segundo o BNDES, está prevista a produção de 90 mil toneladas por ano do concentrado de lítio – 10 vezes maior que a produção brasileira atual desse material, considerado um insumo de alto valor agregado e de crescente demanda internacional, especialmente para a energia renovável e na produção de baterias. Aliás, a empresa já firmou contrato de exportação para a China de todo o volume extraído nos três primeiros anos.

As barragens estão localizadas em uma mina operada há 38 anos pela AMG que identificou nos rejeitos do tântalo, principal elemento químico explorado no local, um nível de concentrado de litio e que seria interessante a sua exploração econômica.

“[A empresa irá tratar] os rejeitos dessas barragens e extrair o concentrado de lítio, que é a primeira etapa do processo para a obtenção do elemento químico para a aplicação final nas baterias ou produtos eletrônicos. Ele já é considerado de alto valor agregado”, disse Flávio Mota, chefe do Departamento de Indústria de Base e Extrativa do BNDES, à Agência Brasil.

Descaracterização de barragens – Além disso, ainda segundo o BNDES, o projeto irá contribuir para a descaracterização das duas barragens desativadas e dar um fim econômico e social aos rejeitos, reduzindo os riscos para a população. “Ao mesmo tempo em que ajuda a empresa em seus resultados econômicos, por meio da exploração de um material de alto valor agregado em uma cadeia associada à produção de baterias, que é uma demanda hoje no mundo bastante crescente, ataca o problema que a gente vive hoje aqui no Brasil, e o grande start foi o acidente de Brumadinho, que é a questão de descaracterização de barragens que teve a sua expansão via método a montante”, observou.

Geração de empregos – Ainda segundo o BNDES, o projeto gerou 2 mil postos de trabalho indiretos durante as obras e 130 novos empregos. “Não está descartada a possibilidade de o banco apoiar iniciativas semelhantes em outras mineradoras”, disse Mota, lembrando que sempre que a instituição identificar ou receber projetos com impacto social e ambiental estará disposta a analisar. Isso se estende a outras áreas da mineração.

“Hoje existem aplicações diversas para esses resíduos, que têm impactos sociais muito diretos. Por exemplo, estuda-se utilizar a aplicação de rejeitos na fabricação de tijolos para a construção de casas; outra alternativa é a fabricação de material asfáltico para rodovias e pavimentação”, concluiu.

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