(*) Alfredo Ferrari
(08/10/2017) – O torneamento duro se aplica para acabamento em peças de aço, após terem sido tratadas termicamente, com dureza acima de 45 HRc, dispensando operação de retificação, num ambiente limpo e a seco.
Os resultados têm sido considerados ótimos. A qualidade superficial obtida pelo torneamento duro, medida através da rugosidade média Ra, depende da característica do aço, do tipo de pastilha de corte utilizado, podendo ser cerâmica ou CBN (Nitreto Cúbico de Boro), da sua geometria e dos parâmetros de corte aplicados no processo, como velocidade de corte, avanço e tendo o sobrematerial a ser removido, em geral, entre 0,3 a 0,5 mm. A qualidade superficial atingida é compatível a uma operação de retificação normal, podendo conseguir-se classes N4 (Ra 0,2 µm), N5 (Ra 0,4 µm) e N6 (Ra 0,8 µm).
O torneamento duro vem sendo aplicado, cada vez mais, na produção seriada, para a fabricação de eixos de aço, pré-usinados e tratados termicamente, empregando-se tornos CNC de alto rendimento, de forma autônoma ou como célula flexível, dotada de equipamentos automáticos para carga e descarga das peças, como manipuladores cartesianos, tipo pórtico, conhecidos como Gantry Loader, ou por robôs articulados, além dessas máquinas contarem com sistemas de controle de medição e correção automática das dimensões, inseridos no ciclo de operação.
(*) Alfredo Ferrari é engenheiro mecânico, vice-presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura e vice-coordenador da Expomafe. Este artigo foi escrito para o Canal de Conteúdo “A Voz da Indústria”.