(02/02/2014) – Cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP desenvolveram um espectrômetro multifuncional capaz de aprender com o usuário e ser modelado para diferentes tipos de aplicação, seja na análise de materiais, fluidos de óleo e gás ou aplicações na área médica.
Ao controlar diversos tipos de equipamentos de espectroscopia, o sistema pode funcionar como relaxômetro, instrumento analítico de ressonância magnética, scanner de imagens e espectroscopia in vivo etc. O estudo foi iniciado em 2010 e é coordenado pelo professor Alberto Tannús, coordenador do Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMaG) do IFSC.
Para desenvolver o equipamento, a equipe utilizou da tecnologia de lógicas programáveis (Field Programmable Gate Arrays/FPGA). “Um chip de FPGA é como um cérebro de bebê, com neurônios cujas sinapses ainda não foram treinadas. O que se faz é estabelecer interconexões entre as portas lógicas desse chip e atribuir a ele uma funcionalidade digital. No nosso caso, transformamos um chip com configuração genérica em um dispositivo capaz de atender a diferentes funcionalidades”, explica Tannús.
Nas ciências dos materiais, as aplicações vão para estudos morfológicos, por imagem, de inúmeros materiais, enquanto que na área de aeronáutica as aplicações podem verter sobre a contaminação de materiais compósitos utilizados em aerofólios. Para a indústria do petróleo, as aplicações estão relacionadas especialmente na exploração da porosimetria de rochas por relaxometria e aplicações gerais em química analítica do petróleo e derivados.
Em todas as aplicações foram observadas as necessidades e funcionalidades requeridas principalmente por usuários pesquisadores, de forma que o uso, adaptação ou criação das metodologias de RM específicas para os estudos sejam desenvolvidas em um ambiente amigável e não encontrem obstáculos.