São Paulo, 22 de novembro de 2024

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19/10/2013

Agência Europeia quer levar impressão 3D para os metais


(20/10/2013) – A Agência Espacial Europeia (European Space Agency) – ESA está disposta a levar a impressão 3D (ou manufatura aditiva) para a era dos metais. Essa, aliás, era a chamada para o evento que a agência organizou na semana passada em Londres: “Taking 3D Printing Into The Metal Age”.

No evento, a ESA apresentou o Projeto Amaze (Additive Manufacturing Aiming Towards Zero Waste & Efficient Production of High-Tech Metal Products). O projeto conta com 28 parceiros industriais e universidades de toda a Europa e envolve o investimento de 20 milhões de euros. “Queremos construir os melhores produtos de metal já produzidos em todos os tempos”, disse David Jarvis, diretor de Novos Materiais e Pesquisas Energéticas da ESA, na conferência de imprensa realizada no Museu da Ciência de Londres.

O objetivo é o de aperfeiçoar a produção de componentes de metais para utilização no setor aeroespacial. A ESA quer pavimentar o caminho para a impressão 3D de metais visando a obtenção de peças de melhor qualidade e de formas complexas, hoje impossíveis de ser produzidas pelos processos tradicionais de fundição e usinagem. E com grande redução de custos.

“A impressão 3D – também conhecida como manufatura aditiva – é considerada a terceira revolução industrial. A impressão 3D possibilita a construção de objetos sólidos a partir de uma série de camadas, uma sobre a outra”, informa o texto de divulgação da ESA. “Quase tudo o que pode ser projetado por computador pode ser impresso como um item físico, seja com a fusão de pós ou fios de materiais”.

A Agência informa que está avaliando cinco processos de manufatura aditiva de metais. “Estamos nos concentrando em componentes críticos de engenharia feitos de ligas high-tech. Estamos usando lasers, raios de elétrons e de plasma para a fusão desses materiais”, explica Jarvis, lembrando que alguns dos materiais utilizados exigem temperaturas de até 3.500° C para chegar ao estado de fusão.


Para a agência, o desenvolvimento de novos materiais também é uma das possibilidades. Leves e de alta resistência podem construídos com a combinação de materiais raros (e caros) como tungstênio, nióbio ou platina sem desperdício.

Os especialistas preveem que a tecnologia também poderá ser aplicada na produção de asas de aviões, motores a jato e sistemas automotivos. “A manufatura aditiva é uma tecnologia verde, com zero produção de resíduos. Assim, 1 kg de titânio representaria 1 kg do produto final, o que se traduz em enormes economias de custo e eficiência energética”.

Para a implementação do projeto serão instaladas quatro fábricas-piloto, cada uma empregando diferentes métodos de impressão 3D. As unidades serão instaladas na Alemanha, Itália, Noruega e Reino Unido. Em paralelo, uma completa cadeia de fornecimento industrial está sendo estabelecida para a impressão 3D de metais, incorporando matérias-primas, equipamentos de impressão, técnicas de acabamento, metrologia e software de controle.

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