São Paulo, 14 de abril de 2025

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05/04/2025

Sinais de recuperação no setor de máquinas agrícolas

(06/04/2025) – Após dois anos de quedas expressivas no volume de negócios, estima-se que o mercado de máquinas agrícolas apresente uma melhora em 2025. A previsão da Abimaq – Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos é a de que as vendas superem em 8,2% o registrado no ano passado.

Esse crescimento, no entanto, não significa uma recuperação das perdas dos últimos dois anos, que foram de 22,1% em 2023 e de 19,9% em 2024. Ou seja, o faturamento do setor nesse período praticamente foi reduzido à metade, caindo de R$ 95 bilhões em 2022 para R$ 56 bilhões em 2024. É bem verdade também que, em 2022, as receitas de vendas do setor atingiram o seu recorde histórico.

Os números de janeiro e fevereiro vieram bem superiores aos dos mesmos meses do ano passado. No primeiro bimestre, as vendas cresceram 31%, isto apesar de uma queda nas exportações de 29,9%. As vendas no mercado interno cresceram 41,6%, com destaque para as vendas de tratores que cresceram 46,5%. No total, mercado interno e externo, as vendas de tratores cresceram 35,5% nos dois primeiros meses do ano.

“São números positivos, mas a verdade é que a base de comparação é muito baixa. É preciso lembrar que nesse período no ano passado estávamos em meio a uma seca muito grande”, afirmou Pedro Estevão, presidente da Câmara de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.

“Mas é claro que vemos com bons olhos esse aumento do primeiro bimestre de 2025. Aliás, essas altas vêm ocorrendo desde novembro do ano passado e corroboram nossa visão de que 2025 será melhor que 2024”, completou.

Na avaliação de Estevão, a tendência é que os números continuem positivos no balanço de março, que deve ser divulgado apenas no final de abril, já que em março de 2024 os resultados do setor atingiram o fundo do poço. Os meses subsequentes, no entanto, ainda são uma incógnita.

O executivo informa que no setor de agronegócio da porteira para dentro está tudo dentro do normal. “Os preços da soja e do milho (os segmentos mais significativos do setor) no mercado internacional não estão exuberantes, mas os agricultores estão tendo lucro. Já outros produtos, como cana, laranja, café e algodão estão compradores”, explicou.

Já da porteira para fora… O principal entrave está na taxa de juros. A taxa de empréstimo do Moderfrota é de 11,5%. Porém, os recursos do Plano Safra 24/25 já acabaram e quem for ao mercado vai pagar algo em torno de 19 e 20%, taxa considerada impeditiva.

O novo Plano Safra só deve ser lançado em julho. A Abimaq sugeriu ao governo um volume de recursos de R$ 21 bilhões para o Moderfrota – montante 70% acima do disponibilizado no Plano 24/25 – além de R$ 7 bilhões para o Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.

Segundo Estevão, estes recursos seriam os ideais para o setor. Porém, ele reconhece que dificilmente a sugestão será adotada pelo governo, justamente diante da elevada taxa de juros atual, que também encarece o volume de subsídios necessários para compensar os empréstimos dos produtores rurais.

“A gente sabe que este ano o governo tem muita dificuldade em fazer um Plano Safra maior porque aumentou o juro. Ele tem que aumentar a subvenção e não tem orçamento para isso”, avalia.

Estes são os motivos que, apesar do crescimento nos últimos quatro meses, não levaram a entidade a rever a projeção de crescimento para 2025, feita em outubro de 2024. “Dentro desse quadro, os 8,2% de crescimento é um número que consideramos factível”.

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