(09/03/2025) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, no final de fevereiro, o fortalecimento da indústria naval brasileira, com a utilização de conteúdo local na fabricação de embarcações.
O presidente participou da cerimônia de assinatura de contrato da Transpetro, subsidiária da Petrobras, com o consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren, em Rio Grande (RS).
O ato visa a aquisição de quatro navios da classe handy, com valor de US$ 69,5 milhões por embarcação, fruto de licitação lançada em julho de 2024, parte do Programa de Renovação e Ampliação de Frota da Petrobras.
“O Brasil tem 95% do seu transporte de exportação por navio. O Brasil é o maior país da América do Sul. Por que a gente não tem uma indústria naval poderosa? Por que a gente tem que comprar navio da Coreia, de Singapura, da China?”, questionou o presidente.
Os navios serão utilizados para transporte de derivados de petróleo na costa brasileira. De acordo com a Petrobras, os novos equipamentos irão ampliar a capacidade de atendimento da Transpetro à Petrobras, reduzindo a necessidade de afretamento desse tipo de unidade pela petrolífera.
Os handy vão contemplar soluções que garantem maior eficiência energética e menor emissão de gases que provocam o efeito estufa. Como resultado, estima-se reduzir em 30% as emissões em relação aos atuais navios da frota.
Os navios serão aptos a transportar produtos derivados de petróleo como diesel marítimo, diesel S10, diesel S500 e gasolina de aviação (GAV).
Dentro da mesma iniciativa, a Petrobras lançou, na semana anterior, em evento em Angra dos Reis (RJ), também com a presença do presidente Lula, a licitação para aquisição de oito navios gaseiros.
Estes navios fazem parte de um lote de 44 embarcações, todas já contratadas ou em processo de licitação, em um investimento total de R$ 23 bilhões.
No evento de Angra, foram assinados ainda protocolos de intenções para o reaproveitamento de plataformas da Petrobras que estão em fase de desmobilização,
A expansão da frota é complementar ao projeto da Petrobras de implantar em áreas do pré-sal mais de 10 plataformas de grande porte até 2029, das quais 7 já estão contratadas.
