(08/12/2024) – A economia brasileira cresceu 0,9% na passagem do segundo para o terceiro trimestre do ano, empurrada pela indústria e pelo setor de serviços. Foi a 13ª expansão consecutiva. Diante do terceiro trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou alta de 4%.
No acumulado de quatro trimestres, o crescimento da economia do país soma 3,1%. Os dados foram divulgados na última terça-feira, 3, pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em valores correntes, o PIB chega a R$ 3 trilhões de reais. Os serviços e a indústria cresceram 0,9% e 0,6% respectivamente, na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Já a agropecuária foi o único setor que registrou queda, de 0,9%.
Com os resultados divulgados, o PIB e o setor de serviços renovam patamares recordes. Por outro lado, a indústria se encontra 4,7% abaixo do pico, alcançado no 3º trimestre de 2013.
A alta de 0,9% no trimestre ficou abaixo do crescimento de 1,4% apurado na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2024.
O resultado positivo do trimestre é atribuído pelo IBGE a fatores relacionados a emprego e renda. O mercado de trabalho está aquecido, a inflação está acima da meta, mas não está em níveis muito altos, e o governo continua com a política de transferência de renda.
Na indústria, houve alta de 1,3% nas indústrias de transformação, mas, em contrapartida, caíram construção (-1,7%), eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,4%) e indústrias extrativas (-0,3%). As exportações apresentaram queda de 0,6%, enquanto as importações cresceram 1%.
Quarta Maior Alta do PIB no Mundo – Entre os países do G20 que já divulgaram o resultado do período, o Brasil teve o quarto maior crescimento econômico no terceiro trimestre, atrás apenas do da Indonésia (+1,5%), Índia (+1,3%) e do México (1,1%), se igualando à expansão da China (+0,9%).
O ranking mostra que o país superou nações como os EUA (+0,7%), França (+0,4%), Alemanha (+01%) e Reino Unido (+0,1).
Apesar do destaque no ranking de crescimento, especialistas defendem o aumento da produtividade e do nível de investimentos para que o desempenho positivo do PIB não seja apenas um “voo da galinha”, ou seja, uma expansão não duradoura.