(17/11/2024) – A CBMM inaugurou a primeira unidade de fabricação de ânodos de nióbio com tecnologia XNO em grande volume do mundo, localizada em Araxá (MG).
A nova instalação, a maior do planeta no segmento, tem capacidade de produção de 2 mil t por ano de XNO, equivalentes a 1 GWh de células de íons de lítio.
A tecnologia de ânodo ativo XNO, que se caracteriza principalmente pelo carregamento ultrarrápido, é propriedade da britânica Echion Technologies.
A unidade permitirá que a Echion produza XNO em larga escala no Brasil para atender a demanda mundial do produto, que é voltado principalmente para aplicação em baterias.
De acordo com Ricardo Lima, CEO da CBMM, a parceria estratégica entre a empresa e a Echion garantirá uma cadeia de suprimentos robusta e confiável para o XNO.
“Na CBMM, esperamos um crescimento acelerado no setor de baterias nos próximos anos”, afirmou o executivo. “Por isso, o nosso objetivo é o de atingir uma capacidade de 20 mil toneladas de óxido de nióbio para baterias até 2030”.
Segundo Lima, a parceria também irá maximizar o potencial de novos materiais, focando neste caso o desenvolvimento de ânodos que incorporam nióbio, aumentando a eficiência e a durabilidade das baterias, e ainda reforçará os planos de sustentabilidade da CBMM.
A empresa estabeleceu meta de atingir 30% de sua receita proveniente de produtos não siderúrgicos até 2030. Anualmente, a companhia investe R$ 250 milhões em seus programas de tecnologia.
XNO – O material de ânodo à base de nióbio, tecnologia chamada de XNO, permite que as baterias de íons de lítio sejam carregadas de forma ultrarrápida e com segurança, mantendo altas densidades mesmo em temperaturas extremas, além de fornecer alta potência, com vida útil de mais de 10 mil ciclos.
O XNO foi projetado pela Echion especificamente para permitir que veículos pesados industriais, comerciais e de transporte operem com alta produtividade e apresentem menor custo total de propriedade.
A empresa terceiriza a produção de seus materiais em pó XNO para parceiros capazes de fabricar as células de baterias com qualidade e escala, como é o caso da brasileira CBMM, que é hoje a líder mundial na produção e comercialização de produtos de nióbio.