(13/10/2024) – O PIB – Produto Interno Bruto do Brasil deverá subir 3,4% em 2024, segundo projeção do Informe Conjuntural do Terceiro Trimestre, divulgado pela CNI – Confederação Nacional da Indústria na última quarta-feira, 10.
A expectativa da CNI para o crescimento da economia aumentou 1 ponto percentual em relação ao levantamento anterior, que previa alta de 2,4%. A CNI aumentou a previsão do PIB de 2024, principalmente, por causa do desempenho da economia no primeiro semestre, que foi muito positivo, acima das expectativas da entidade.
“Além disso, os fatores que têm contribuído para o crescimento não devem desaparecer até o fim do ano, e o segundo semestre vai ter como base de comparação o período mais fraco da atividade em 2023”, explica o superintendente de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles.
Segundo Telles, entre as razões para o bom desempenho da economia, sobretudo para sustentar a demanda e o investimento, estão o aumento do consumo das famílias, consequência de um mercado de trabalho aquecido; a alta da massa salarial e a maior oferta de crédito; além dos gastos do governo.
“E, apesar de prevermos menor intensidade, acreditamos que esses fatores seguirão impulsionando a atividade na segunda metade de 2024”, afirma o executivo da CNI.
Hoje em 6,9%, de acordo com o IBGE, a taxa de desemprego deve continuar no mesmo patamar até o fim do ano, aponta o Informe. Já a massa de rendimentos tende a crescer 7,4%.
PIB INDUSTRIAL – Para o PIB da indústria, a CNI reviu a projeção de alta de 2,3% para 3,2%. De acordo com o Informe, a indústria de transformação deve avançar 2,8% em 2024, recuperando-se da queda de 1,3% no ano passado. A melhoria do segmento este ano se deve, sobretudo, à maior demanda por bens industriais.
O PIB da indústria extrativa deve crescer 3,1%, enquanto o segmento de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos deve subir 3%. A indústria da construção, por sua vez, deve crescer 3,7%, acima do PIB.
A atividade do setor de serviços também tende a se manter elevada no segundo semestre, registrando alta de 3,5%. No caso do PIB da Agropecuária, no entanto, a CNI projeta queda de 3% em 2024 na comparação com o ano passado.
