São Paulo, 24 de novembro de 2024

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28/09/2024

Expansão do hidrogênio verde exigirá 3 mil técnicos/ano

(29/09/2024) – Pesquisa do Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial revela que a instalação, manutenção e renovação dos sistemas da nova tecnologia do hidrogênio verde (H2V) exigirá a entrada no mercado de quase 3 mil técnicos por ano.

O estudo foi feito em parceria com o projeto H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, como parte dos esforços para apoiar a expansão do mercado de H2V no país.

De acordo com a pesquisa, embora o Brasil esteja bem posicionado para expandir a economia de hidrogênio verde, precisa fortalecer a qualificação técnica e a formação de profissionais para atender à demanda crescente.

Foram entrevistados entre 7 e 21 de agosto 128 especialistas brasileiros em hidrogênio verde, distribuídos principalmente pelas regiões Nordeste (42%) e Sudeste (39%), refletindo a localização dos principais projetos de H2V, como no Ceará e Piauí.

Os entrevistados estimaram a necessidade anual de trabalhadores qualificados em três níveis:

  • Nível médio (técnicos e trabalhadores qualificados): demanda média de 2.863 novos profissionais/ano;
  • Nível baixo (trabalhadores semiqualificados e não qualificados): demanda de 2.248 trabalhadores adicionais;
  • Nível alto (cientistas e engenheiros altamente qualificados): demanda relativamente menor, concentrada em universidades e centros de pesquisa.

Como resposta preliminar a essa necessidade, o Senai lançou, no ano passado, a primeira pós-graduação em H2V da rede, pelo UniSenai.digital.

Além disso, foi criado um centro de excelência no Rio Grande do Norte e mais cinco laboratórios regionais (Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Bahia e Ceará), voltados para a educação profissional e superior nesse novo setor.

“Teremos um primeiro movimento de especialização para quem possui nível superior, nas áreas voltadas à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e regulação”, explica Felipe Morgado, superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai. “O segundo movimento será direcionado à instalação e operação das plantas, que exigirá profissionais de nível técnico”.

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