São Paulo, 07 de setembro de 2024

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20/07/2024

Indústrias de média e alta tecnologia aumentam renda per capita

(21/07/2024) – Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, quanto maior a participação dos segmentos industriais de média e alta tecnologia no país, maior a renda per capita da população.

O estudo, realizado pelo Observatório Nacional da Indústria da CNI, aponta que um profissional da indústria de média-baixa tecnologia ganha um salário médio de R$ 3.238,14, enquanto um profissional de uma indústria de alta tecnologia recebe R$ 5.901,31 – 82% acima, ou quase duas vezes mais.

“Os segmentos industriais mais sofisticados mobilizam cadeias produtivas mais longas e agregam maior valor à economia do país”, explica o especialista em políticas e indústria, Danilo Severian. “Eles demandam profissionais mais bem qualificados e promovem tecnologias e inovações que elevam a produtividade da própria indústria e dos demais setores, como o primário e de serviços”.

De acordo com Severian, a falta de investimentos em indústrias de alta tecnologia, além de prejudicar a produtividade da economia, traz efeitos negativos na balança comercial.

De fato, o saldo comercial da indústria de transformação tem sido deficitário nas últimas décadas, sendo apenas o segmento de média-baixa tecnologia, que inclui algumas commodities, superavitário. Em 2023, o país observou saldo negativo de US$ 40 bilhões na indústria de alta intensidade tecnológica.

A indústria brasileira não só perdeu peso relativo nas últimas três décadas – a chamada desindustrialização precoce – como também foi se especializando em segmentos de menor intensidade tecnológica, com foco principalmente em commodities e bens de consumo corrente leves, o que provoca a perda da complexidade produtiva.

Isso faz, entre outros pontos negativos, com que o Brasil perca espaço na concorrência global nos setores mais tecnológicos, onde estão os empregos com salários maiores.

Auge nos anos ’70 – A indústria nacional atingiu seu auge em meados de 1970. Entretanto, ainda em 1980, começou a perder força. Uma década depois, com a abrupta e acelerada abertura comercial e financeira do país, os produtos manufaturados brasileiros se viram em condições desiguais de concorrência com os importados, o que contribuiu para o processo de desindustrialização precoce.

Produtos aeronáuticos e aeroespaciais, químicos, farmacêuticos, instrumentos científicos, veículos automotores e máquinas são alguns exemplos de itens produzidos por indústrias de média e alta tecnologia.

Atualmente, o mundo vive um período inédito de recursos direcionados a políticas industriais. São mais de 2,5 mil políticas industriais em vigor no mundo, conforme mapeado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 75 países.

As iniciativas somam US$ 12 trilhões. Nos Estados Unidos, por exemplo, são cerca de US$ 1,9 bilhão em políticas industriais, com foco principalmente em incentivos de descarbonização, infraestrutura, defesa e semicondutores. Os investimentos anunciados no Japão já chegam em US$ 103,3 bilhões de 2019 até agora. O foco foi principalmente em ações de sustentabilidade, agricultura e defesa, digitalização e infraestrutura.

Já o Brasil lançou em janeiro deste ano a Nova Indústria Brasil, plano de política industrial organizado em seis missões que conta com R$ 300 bilhões para financiar as iniciativas até 2026. O programa é um esforço para o país reposicionar sua indústria diante do restante do mundo e preencher lacunas tecnológicas.

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