São Paulo, 25 de novembro de 2024

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03/07/2024

Indústrias de motores esperam crescer de 10 a 15% em 2024

(03/07/2024) – A indústria brasileira de motores espera um segundo semestre ainda melhor nas vendas do que o primeiro semestre do ano, quando, até o mês de maio, a comercialização foi 7% superior à do mesmo período do ano passado. A expectativa para o segundo semestre é, de modo geral, de um crescimento em torno de 10% a 15%.

Para o setor, a expansão, no entanto, dependerá em certo grau de algumas inciativas do poder público, como o programa Caminho da Escola e o anúncio do novo Plano Safra.

Cristian Malevic, diretor da unidade de negócios de energia e descarbonização da MWM, observa que mesmo com estes programas a pleno vapor, a expansão apenas ajudará a recuperar parte da queda de 2023, até porque o agronegócio é um segmento que está em baixa e ainda não demonstrou sinais de recuperação.

“De qualquer forma, o anúncio do novo Plano Safra poderá trazer o fôlego adicional que esse segmento precisa para elevar a demanda”, afirma o executivo.

Para Carlos Tavares, presidente da FPT, fatores inframercado também podem ajudar a impulsionar as vendas: “O fornecimento para Iveco e CNH, que são nossas empresas-primas, está, por exemplo, nos ajudando a expandir os negócios”, diz Tavares, segundo quem a FPT também vê boas oportunidades no segmento de energia.

É a mesma expectativa da Cummins. No último mês de janeiro, a  vice-presidente e líder da empresa para a América Latina, Cristina Burrola, disse esperar um 2024 forte para o setor no Brasil, mas pediu mais diálogo com poder público para fomentar novas fontes de energia no país, como a do hidrogênio.

“Temos produtos que estão no setor automotivo, mas também atendemos agro e mineração”, disse Burrola. “Justamente por isso, acreditamos que uma única tecnologia não servirá a todas as diferentes aplicações que temos. Assim, estamos desenvolvendo um projeto de motor a hidrogênio para 2027, já em fase de testes”.

Segundo a executiva da Cummins, a ideia é que o motor chegue primeiro na América do Norte e na Europa, onde este tipo de energia já é uma realidade, e depois no Brasil: “Mas para isto os formuladores das políticas têm que se envolver no desenvolvimento da infraestrutura necessária para esta nova matriz”.

Fonte: Autodata

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