(30/06/2024) – A Hytron, empresa que atua nos setores de energia e gases industriais, está investindo na instalação de um centro de inovação e desenvolvimento em Campinas (SP). O projeto já está em andamento e tem como um dos objetivos o desenvolvimento de tecnologia brasileira para a produção de hidrogênio por diversas rotas que utilizam desde a energia elétrica renovável até biocombustíveis, como etanol e biometano.
Criada em 2003, dentro da Unicamp, a Hytron foi adquirida pelo grupo alemão Neuman & Esser em 2020. A empresa tem como foco o desenvolvimento de tecnologias para a produção hidrogênio de baixo carbono. Dentre elas, HPRS (Estações de Produção e Abastecimento com Hidrogênio); Reformadores de Metano e Etanol; e Eletrolisadores PEM e Alcalinos.
“Somos uma das primeiras empresas brasileiras a trabalhar com sistemas de produção e uso do hidrogênio a partir de insumos renováveis como eletricidade e biocombustíveis. A nova unidade em Campinas permitirá que nossa equipe de doutores, mestres e engenheiros com ampla experiência, avance, ainda mais, para entregar aos nossos clientes o mais alto padrão de qualidade”, afirma Daniel Gabriel Lopes, co-fundador e diretor de Novos Negócios e Inovação da Hytron.
Entre as novidades da Hytron, está o desenvolvimento de um projeto inovador para a produção do H2 a partir do etanol em parceria com a Raízen, que fornecerá o etanol; o Instituto Senai Biossintéticos, que dará suporte técnico à inovação; e a Shell Brasil, que financia o projeto.
A iniciativa também conta com apoio da Universidade de São Paulo (USP). Ônibus movidos a hidrogênio produzido a partir do etanol farão o transporte de estudantes e visitantes dentro da Cidade Universitária – campus da USP na cidade de São Paulo. E, nos próximos meses, a universidade receberá a primeira estação de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol do mundo.
Atualmente, o hidrogênio é usado, principalmente, na indústria química e produzido a partir de gás natural. Ele também pode ser obtido a partir da energia solar ou eólica, porém, o transporte é mais complexo, por exigir a compressão ou a liquefação para armazenamento em cilindros ou carretas, o que não é necessário no caso da distribuição do H2 utilizando etanol como precursor deste combustível.
“Estamos empolgados em ver que um projeto que se iniciou como um sonho de estudantes, dentro da universidade, agora se torna uma solução de alto impacto para a transição energética do país e do mundo”, diz o CEO da Hytron, Marcelo Veneroso.