(24/09/2023) – A produção global de máquinas-ferramenta atingiu volume equivalente a 79,2 bilhões de euros em 2022, refletindo o aumento da produção em 11,9%, quando comparada à de 2021.
Os números foram revelados por Marcus Burton, presidente do Comitê Econômico da Cecimo, associação que reúne os fabricantes europeus, durante a EMO 2023, feira internacional realizada na semana passada em Hannover, Alemanha.
De acordo com Burton, a produção de máquinas-ferramenta nos países da Cecimo em 2022 registrou aumento de 12,8%, responsáveis pela movimentação de 25,3 bilhões de euros.
“A Cecimo também manteve a sua cota de 32% da produção global”, observou o executivo. “Já do lado do consumo, os fabricantes europeus responderam por quase um quarto do consumo global, com um valor de cerca de 18,7 bilhões de euros em 2022, ou 25% a mais diante de 2021”.
Burton também revelou as últimas estimativas para a produção de máquinas-ferramenta para 2023. Na Europa, ela deverá crescer perto de 5,5%, atingindo 27 bilhões de euros. Já a produção global deverá permanecer estável, ligeiramente abaixo do nível de 2022, devido à desaceleração do crescimento econômico global, aumento das taxas de juros e questões geopolíticas.
CHINA – Já no mercado de máquinas asiático, o presidente da Associação de Construtores de Máquinas-Ferramentas e Ferramentas da China (CMTBA), Mao Yufeng, destacou que de janeiro a julho de 2023 as vendas de máquinas de corte de metal caíram 4,3%, na comparação com o ano passado. De outro lado, as vendas de máquinas de conformação aumentaram 6,9%.
JAPÃO – No Japão, houve um substancial crescimento de 14,2% nos pedidos de máquinas-ferramenta em 2022 na comparação com 2021. Só a produção de máquinas para corte aumentou 20,5% em relação ao ano anterior.
ESTADOS UNIDOS – Nos EUA, o consumo de máquinas-ferramenta ficou próximo da média do setor, totalizando US$ 9,6 bilhões em 2022.
Mas, segundo Douglas Woods, presidente da AMT, a Associação para Tecnologia de Fabricação, os efeitos do aperto da política monetária já estão se fazendo sentir em 2023, levando a um ligeiro declínio no consumo. Os indicadores para 2024, no entanto, sugerem um cenário de recuperação.