(27/08/2023) – Há cerca de cinco anos, a Indaço decidiu ampliar o seu portfólio de ferramentas – até então composto apenas de ferramentas rotativas standard – com a implantação de uma linha de especiais. Desde então a empresa de Carapicuíba (SP) tem registrado crescimento de 15% ao ano.
Neste período, a empresa já desenvolveu vários produtos, como punções, fresas caracol, rolos laminadores, fresas monocorte (para PVC e alumínio), facas rotativas, entre outras. E a intenção da empresa é seguir ampliando a linha de produtos. Neste momento, por exemplo, após um ano de desenvolvimento, a Indaço está realizando testes em clientes (com sucesso) de sua mais nova linha: ferramentas soldadas de metal duro.
Embora possa parecer um produto obsoleto, existe demanda para esse tipo de ferramenta. “Tem, sim, mercado para esse produto, principalmente na indústria de autopeças, entre os fabricantes de discos de embreagens e lonas de freio”, diz Diego de Brito Lima, há mais de 20 anos na empresa e que recentemente assumiu o cargo de diretor Industrial da Indaço.
“Aliás – complementa Lima -, desenvolvemos esta linha para atender a solicitação de alguns clientes que diziam estar tendo dificuldades para encontrar ferramentas soldadas confiáveis no mercado brasileiro”. Segundo o diretor, o tempo gasto no desenvolvimento do produto foi justamente para atender as solicitações de qualidade (principalmente no processo de soldagem), com custo competitivo.
Para dar uma ideia do sucesso do projeto de implantação da linha de especiais, hoje já representa 45% do faturamento da Indaço.
Investimentos – Ao mesmo tempo, ao longo desse período, a empresa realizou vários investimentos, com a compra de equipamentos, dispositivos, retrofitting de máquinas. “Aumentamos em 50% nossos investimentos desde o início do ano passado”, diz Rodrigo Pinto, diretor de Vendas da Indaço. “O foco principal nesse último período tem sido a área de qualidade, rastreabilidade e não-conformidade, até porque na área de especiais o nível de exigência é naturalmente maior”.
De acordo com o diretor, o ano de 2023 está sendo atípico com a empresa registrando um faturamento semelhante ao realizado no mesmo período do ano passado. “Nossa expectativa é de recuperação neste segundo semestre, o que nos permitiria um crescimento entre 5 e 10% sobre 2022”, comenta.
Em sua avaliação, mais do que uma possível retomada do mercado industrial, o que deve impulsionar os negócios da empresa neste segundo semestre é o trabalho técnico que vem sendo realizado pelas equipes de vendas e engenharia. “Estamos levando novos produtos e desenvolvendo novas soluções de usinagem para os nossos clientes”, afirma.
