(27/08/2023) – O otimismo marcou a 17ª edição da Navalshore – Feira e Conferência da Indústria Marítima, que transcorreu na semana passada na Expomag, no Rio de Janeiro, reunindo armadores, estaleiros, fabricantes e fornecedores para debater e fechar negócios no setor.
O evento, que reuniu mais de 90 marcas expositoras e recebeu um público estimado em 10 mil profissionais, coincidiu com projetos e investimentos já confirmados, que começam a aquecer a demanda por novas embarcações nas áreas de petróleo e gás e cargas em geral.
A Transpetro, por exemplo, anunciou uma encomenda de 25 navios, com entregas a partir de 2025. O prazo para a construção das embarcações será de oito anos. A estimativa é de que seja necessário um investimento preliminar de R$ 12,5 bilhões para cumprir essa meta.
“Queremos recuperar o papel estratégico da Transpetro como braço logístico da Petrobras”, afirmou Sergio Bacci, presidente da Transpetro. “Pretendemos ainda ampliar os negócios da companhia, prestando serviços de logística para outros países e realizar parcerias aonde for possível”.
De acordo com Bacci, o setor naval brasileiro também poderá se expandir com recursos oriundos da Petrobras, cujo Plano Estratégico 2023-2027 prevê a injeção de US$ 78 bilhões, para colocar em operação 14 novas plataformas nos próximos cinco anos.
No total, são quase US$ 100 bilhões previstos para serem investidos em projetos no período. O objetivo da Petrobras é ampliar em 15% o volume de investimentos nos próximos cinco anos, além de injetar cerca de US$ 20 bilhões em novos afretamentos de plataformas.
Oportunidades de negócios estão surgindo também na área de reparos. Desde o ano passado, o estaleiro Atlântico Sul vem, por exemplo, intensificando os serviços nesta área. Só este ano, a empresa já efetuou o reparo de 10 navios — desde 2020, foram 43 embarcações reparadas, entre navios de cabotagem de grande porte, navios de apoio offshore e outros.
“E estamos começando a operar em outros segmentos, como o de construção de grandes estruturas metálicas onshore e offshore, além de continuar prospectando o mercado de torres de energia eólica”, revelou o CEO da companhia, Roberto Brisolla.