(20/08/2023) – A Petrobras deverá investir R$ 323 bilhões no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, nos próximos quatro anos. O valor a ser aplicado pela Petrobras equivalerá a 17% do total de R$ 1,7 trilhão que o programa governamental deve movimentar.
O anúncio foi feito pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante o lançamento do novo PAC, em Brasília, no último dia 11.
De acordo com ele, o Plano Estratégico 2023-2027 da Petrobras serviu como norteador para eleger os projetos prioritários da companhia que receberão os investimentos.
“Selecionamos 47 projetos, sendo um deles o fundo de descarbonização”, disse o presidente da companhia. “Mas outros poderão ser incorporados à medida que atingirem maturidade”.
Liderando a carteira estão 19 novos sistemas de produção da exploração e produção, abrangendo as bacias de Campos (RJ) e Santos (SP), e outros dois para o Sergipe Águas Profundas (Seap).
Estão previstos ainda nove poços pioneiros na Margem Equatorial, no norte do país. Na área logística, destacam-se o Programa Integrado Rota 3, que irá permitir o escoamento do gás do pré-sal da Bacia de Santos, e o gasoduto dos Seap I e II.
Já o refino terá como foco o aumento do volume e qualidade dos produtos. Na Refinaria Abreu e Lima (PE) haverá ampliação da capacidade de processamento para 260 mil barris/dia, e na Replan e na Revap, ambas em São Paulo, melhoria do diesel S-10 produzido.
Prates anunciou ainda a implantação de uma frente de desenvolvimento de um programa de construção de 25 navios em estaleiros brasileiros. Outros 11 navios para operações de cabotagem de petróleo e derivados serão afretados.
Já no eixo da transição energética, está prevista uma planta de biorrefino dedicada à produção de bioquerosene de aviação e diesel renovável, além de coprocessamento de óleo vegetal.
A produção de derivados petroquímicos, fertilizantes e combustíveis com menor pegada de carbono ou inteiramente renováveis também terá espaço. A Petrobras, segundo Prates, estuda reposicionar a Refinaria Riograndense como a primeira biorrefinaria do Brasil.
Também foi definido um modelo verde para a destinação de 26 plataformas a serem descomissionadas nos próximos cinco anos.