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24/09/2011

Breve histórico da retificação cilíndrica

(25/09/2011) – A retificação cilíndrica externa baseia-seno princípio de se fazer a peça girar em torno de seu eixo e deslocar-se no sentido axial, em contato com a periferia de um rebolo abrasivo, que periodicamente avança contra a peça. Uma retificadora cilíndrica é uma máquina que permite esse processo e é normalmente constituída de mesa, cabeçote porta-peças; cabeçote contraponta; cabeçote porta-rebolo. Para que a máquina possa gerar uma forma cilíndrica na peça há necessidade de que os eixos de rotação da peça e do rebolo sejam coplanares e paralelos.

As primeiras operações mecanizadas de retificação cilíndrica foram certamente realizadas com a aplicação de cabeçotes porta-rebolos sobre tornos mecânicos paralelos. A figura 1 ilustra uma dessas aplicações, feita pela empresa norte-americana Pratt & Whitney, por volta de 1860.

Foi nos Estados Unidos que surgiram as primeiras retificadoras cilíndricas propriamente ditas, ou seja, máquinas específicas para trabalhar em retificação cilíndrica e não adaptações de tornos para esse fim. A primeira retificadora que se tem notícia teria sido construída em 1860, na sede da empresa de abrasivos Norton Emery Company, pelo engenheiro Charles Moseley. Porém, foi só em 1875 que o engenheiro Joseph Brown, um dos fundadores da empresa Brown & Sharpe, de Providence, Rhode Island, desenvolveu um primeiro modelo de retificadora destinado à venda. Esta máquina está ilustrada na figura 2.

Os rolos colocados no piso, tanto da figura 1, como da figura 2,destinavam-se à transmissão da rotação dos eixos porta-rebolos, porta-peças e de acionamento do movimento longitudinal da mesa da máquina, através de correias planas que desciam dos eixos que giravam nos tetos das fábricas, os quais eram movido, por uma máquina a vapor única, que era a fonte de potência de toda a unidade industrial.

O primeiro modelo de retificadora cilíndrica Brown & Sharpe, lançado em 1875, teve trajetória comercial e internacional rápida. Já em 1876 a máquina era exposta numa feira industrial em Paris e em 1877 a empresa conseguia a patente norte-americana do equipamento.

Ainda no Século XIX outros fabricantes surgiram nos Estados Unidos, lançando retificadoras cilíndricas no mercado, a exemplo da retificadora Landis, de 1883 (fig. 3), produzida pela empresa Landis Tool, da Pennsylvania, e também da retificadora Norton, de 1900 (fig. 4), projetada pelo engenheiro Charles H. Norton e produzida pelo Norton Grinding Company, de Massachusetts, vizinha e coligada à Norton Emery Company, produtora de rebolos.

Gradativamente, ao longo do século XX, as retificadoras cilíndricas foram se modernizado. Inicialmente, ocorreu a substituição dos acionamentos centralizados derivados dos eixos nos tetos das fábricas, movimentados por uma máquina a vapor central, por motores elétricos de corrente alternada trifásica individuais para cada movimento da máquina.

Depois da Segunda Guerra Mundial as retificadoras passaram a ter sistemas óleo-hidráulicos de grande suavidade para o movimento da mesa e dos avanços. Posteriormente, como acontecia com quase todas as máquinas-ferramenta para trabalhar metais, os controles eletrônicos foram se incorporando em parcelas crescentes, inclusive com aparelhos de medição da peça durante o próprio processo de retificação, os chamados “in process measuring gauges” ou autocalibradores. O último movimento importante foi o da adoção do CNC para o comando e controle das retificadoras cilíndricas.

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(*) Extraído do livro Principios de retificação e afiação na indústria metal-mecânica, publicado pela Mello Máquinas S/A

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