São Paulo, 15 de janeiro de 2025

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24/06/2023

BC não atende indústria (e governo) e mantém taxa de juros

(25/06/2023) – Apesar dos reiterados pedidos do governo e de parcela majoritária da indústria brasileira, o Banco Central não cedeu e manteve a taxa de juros em 13,75%. Isso implica em juros reais positivos de mais de 9% ao ano, mesmo com a inflação tendo recuado 7,95 pontos percentuais em 12 meses até maio, e tende a deslocar os investimentos da produção para aplicações financeiras.

Para Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nada justifica o Brasil seguir com o título de campeão mundial de juros reais.

“É um remédio amargo adotado só em condições excepcionais para conter um movimento altista de preços”, diz Silva. “Na nossa atual realidade econômica de descompressão inflacionária, com demanda fraca, câmbio em queda e a expectativa de contas públicas controladas, é apenas um veneno”.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também avalia que a manutenção da atual taxa básica de juros está acima do necessário para o combate à inflação e, no momento, apenas impõe riscos adicionais para a retomada da atividade econômica.

De acordo com a CNI, há mais de um ano que a Selic está em patamar alto o suficiente para contrair a atividade econômica, e controlar a inflação.

“Esperamos que, com a continuidade do movimento de desaceleração da inflação, o Banco Central inicie já na próxima reunião o tão necessário processo de redução da Selic”, afirma o presidente da CNI, Robson de Andrade.

Em nota, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) também destacou que a decisão afeta o desempenho da atividade produtiva no país e impacta diretamente o setor da construção civil.

“Lamentamos que a taxa seja mantida, mais uma vez, nesse patamar exorbitante. Isso está claramente afetando o desempenho da atividade produtiva no país, justamente ela que gera renda e emprego. Particularmente, a indústria da construção está sendo muito impactada por esse juro elevado”.

Dados divulgados pela CBIC mostram uma queda de 30,2% dos lançamentos imobiliários nos primeiros três meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. A entidade ainda destacou que deve revisar a projeção de crescimento do setor para 2023.

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