(26/06/2022) – A Petrobras apresentou na última segunda-feira, 20, os números e o detalhamento das ações do Plano de Desenvolvimento na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro, que receberá investimentos da ordem de US$ 16 bilhões (ou cerca de R$ 82 bilhões) até 2026.
O programa foi exposto pelo gerente executivo de Águas Profundas da Bacia de Campos, César Cunha, no Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Centro, localizado na cidade de Campos, norte do estado.
De acordo com Cunha, a empresa pretende perfurar mais 100 poços na região até 2026. O executivo citou que a Bacia de Campos hoje produz 600 mil barris de petróleo por dia, e que até 2026 vai produzir mais 600 mil barris com a recuperação de poços que estão desativados.
“No cômputo geral, a Bacia de Campos já acumula 14 bilhões de boe, ou barris em óleo equivalente, que representa 75% da produção mensal com 34 plataformas da Petrobras em plena atividade, sem contar as petrolíferas privadas. São 15 mil km de linhas submarinas”, informou o executivo da Petrobras.
Ele revelou que o Plano de Desenvolvimento ainda prevê até 2026 a construção de mais três modernas plataformas de petróleo tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading). Essas plataformas – Anita Garibaldi e Ana Nery no campo de Marlim, e Maria Quitéria em Jubarte – irão substituir no período 10 plataformas que estão chegando ao fim da vida útil.
A FPSO é um tipo de navio com capacidade para processar e armazenar o petróleo, prover a transferência do petróleo ou gás natural e ainda processar na embarcação o petróleo de modo a separar água e fragmento de rochas.
Parte dos recursos também será destinada à aplicação de tecnologias de ponta através do Programa RES 20, programa estratégico para maximização de valor através das reservas de petróleo.
A previsão é de investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões em sísmica com tecnologia 4D em uma área de 39 mil km², com ênfase na inteligência artificial, para ajudar a definir os melhores modelos de reservatórios de petróleo para exploração. A meta da Petrobras é viabilizar com o RES 20 até 20 bilhões de boe em seus campos operados no pré-sal.