(15/05/2011) – Todas as semanas o site Usinagem-Brasil recebe pelo menos um e-mail de alguém se oferecendo para comprar sucata de metal duro. Vale dizer que somos jornalistas e, portanto, não compramos, vendemos ou usamos ferramentas de metal duro. Imaginamos, então, quantos desses e-mails não devem receber os usuários desse material.
No primeiro número da revista Usinagem-Tech (www.usinagem-tech.com.br) fizemos ampla reportagem sobre a reciclagem de metal duro, na qual informamos sobre o desenvolvimento de processos que permitem a separação dos componentes e a conseqüente reutilização do material na produção de ferramentas novas.
A sucata de metal duro, portanto, é um material de alto valor. Na sua composição estão presentes alguns materiais escassos, como é o caso do tungstênio. Assim existe boa demanda para a venda desse material, principalmente após o desenvolvimento dos processos que permitem sua reciclagem.
Porém, antes de vender esse material são necessários alguns cuidados. O primeiro deles é saber para quem está vendendo, certificar-se da idoneidade do comprador e a destinação que dará ao material comprado – como aliás recomenda-se com todos os tipos de sucata.
No caso do metal duro, a empresa compradora precisa ter licença da Cetesb. Como o material pode estar contaminado por óleo, é preciso possuir laudo técnico da Cetesb para transportar e armazenar o material. Outro dado é que, como a maioria das recicladoras de metal duro está no Exterior, é preciso estar inscrito no Radar, da Receita Federal, para poder exportar.
Sem os devidos cuidados, o risco é a sucata voltar ao mercado como produto “novo”. Segundo nos informam, existem empresas que reafiam insertos e os recolocam no mercado como novos, além de outras que simplesmente separam as ferramentas e “limpam” as que estão em melhores condições.
Hoje praticamente todos os grandes fabricantes de ferramentas mantêm serviço de compra das ferramentas de metal duro usadas. Disponibilizam inclusive caixas e recipientes para o acondicionamento das ferramentas após o uso. Existem também empresas independentes que realizam esse serviço de forma séria.
