São Paulo, 22 de novembro de 2024

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19/04/2009

Duralumínio, material que revolucionou a aviação

Alberto Mawakdiye

(19/04/2009) – O período que vai de mais ou menos o começo da década de 1930 até 1945, quando terminou a Segunda Guerra Mundial, é considerado como o de maior desenvolvimento da história da aviação militar, com amplas repercussões sobre a própria aviação civil.

Nesse curto espaço de tempo, os aviões evoluíram dos relativamente primitivos biplanos a hélice, de madeira e revestidos de lona, para os velozes monoplanos a jato, com asas de geometria variável e estrutura e revestimento inteiramente metálico.

O avanço foi impulsionado pela corrida armamentista da época, que mantinha em campos opostos a Alemanha, a Itália e o Japão nazi-fascistas e as potências ocidentais, com a União Soviética de Stálin como o fiel da balança. E chegou ao zênite durante a guerra propriamente dita, deflagrada pela invasão da Polônia por tropas alemãs em 1939.

Altamente industrializados, os contendores aplicariam intensamente a ciência e a tecnologia para desenvolver avançados aviões de caça e bombardeio, com ênfase no uso de novos materiais, como as ligas de alumínio conhecidas genericamente como duralumínio.

Forjado a partir de um mix com quantidades variáveis de alumínio-base, cobre e magnésio, e usando o manganês e o silício como elementos secundários, o duralumínio, por sua trabalhabilidade, leveza e resistência, impôs-se como o material mais adequado para o revestimento das aeronaves (fuselagem). Já o esqueleto do avião seria configurado, em geral, com resistentes tubos feitos de aço, cromo e molibdênio soldados.

Os novos materiais, que eram usinados em máquinas-ferramenta de ponta, permitiram que caças monoplanos a hélice como o Spitfire inglês, o ME-109 alemão, o Zero japonês, o Yak-3 russo e o posterior Mustang americano empregassem motores que lhes proporcionavam o dobro da velocidade dos seus antecessores de madeira, carregassem mais metralhadoras e canhões e ostentassem cabines e tanques de combustível blindados.

Foi um salto que também deixou para trás os países menos desenvolvidos em tecnologia de aviação. Nos anos 1930, o Brasil, por exemplo, começava a pesquisar as madeiras que se adequariam melhor aos seus futuros aeroplanos.

As pesquisas na área de materiais aeronáuticos acabariam abandonadas no país. E jamais foram retomadas com um mínimo de determinação. Ainda hoje a Embraer tem de importar alumínio de aviação para revestir os seus jatos.

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