Alberto Mawakdiye
(03/05/2009) – Com o anúncio feito pela General Motors na última segunda-feira, 27, de que até 2010 deixará de produzir os modelos da marca Pontiac, começa a deixar a cena aquele que foi um grandes ícones dos “Anos Dourados” e durante algumas décadas representou o que de melhor os Estados Unidos produziram na área de carros esportivos.
A extinção da Pontiac faz parte dos planos de reestruturação da GM americana, hoje em profundo martírio econômico, e que prevê ainda o fechamento de 13 fábricas (de 47, elas passarão para 34), a redução em 42% do número de concessionárias e o corte de 21 mil empregados. Outras três marcas agregadas ao portfólio da montadora – Saab, Hummer e Saturn – devem ser passadas para frente, com a GM operando doravante apenas com as linhas Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC.
A opção pelo fechamento da Pontiac se deu porque a GM não conseguiu detectar nenhum eventual interessado em comprar a marca. De qualquer forma, a Pontiac não deverá fazer muita falta para a companhia. Hoje, a linha tem apenas seis modelos – com destaque para o esportivo Solstice – e representa meros 2% do mercado americano. E grande parte das concessionárias da Pontiac hoje também vende Buicks e GMCs, ou seja, as lojas não dependem dela e não serão deixadas ao deus-dará com o encerramento da produção.
O fim algo melancólico desta que já foi uma grande marca é facilmente explicável. Poucas linhas como as da Pontiac foram tão maltratadas pela crise do petróleo dos anos 1970 e pela consolidação da mentalidade ambientalista, que venceu a batalha pela fabricação de carros mais compactos e econômicos, no lugar de bólidos potentes e bebedores.
