Em 2005, a Ford registrou seu melhor resultado dos últimos 10 anos em suas operações na América do Sul, com lucro 178% superior ao de 2004, alcançando US$ 389 milhões, contra os US$ 140 milhões do ano anterior.
Segundo a Ford, o lucro obtido na América do Sul é o maior desde 95, quando a montadora desfez a fusão com a Volkswagen (Autolatina). O balanço apontou ainda que a Ford sul-americana lucrou US$ 128 milhões durante o quarto trimestre de 2005. O valor também é 191% maior em relação à mesma época do ano retrasado, quanto o resultado dos lucros foi de US$ 44 milhões. Com isso, a marca obteve oito semestres consecutivos de resultados positivos. Na região, a montadora mantém fábricas no Brasil (São Bernardo, Taubaté e Camaçari) e na e Argentina.
O desempenho melhor no continente foi motivado principalmente pelo volume favorável de vendas. A empresa movimentou US$ 4,4 bilhões em vendas totais contra US$ 3 bilhões. Ou seja, uma alta de 46,6% de um ano para o outro. Esse crescimento ocorreu devido ao acréscimo no volume de exportações, de US$ 1,15 bilhão em 2004 para US$ 1,4 bilhão no ano passado – 21% a mais. No mercado interno brasileiro, as vendas aumentaram 12%. Foram 211 mil veículos, contra 187 mil no ano retrasado.
FECHAMENTO DE 14 FÃBRICAS – Enquanto isso, na América do Norte as notícias são bastante negativas. A direção mundial da Ford Motor Co. anunciou na semana passada plano de reestruturação que envolverá o fechamento de 14 fábricas e eliminar entre 25 e 30 mil postos de trabalho até 2012. Segundo a montadora, o plano visa compensar os prejuízos registrados na América do Norte nos últimos três trimestres consecutivos. Entre as 14 fábricas que vão ser encerradas incluem-se as de Atlanta, St Louis e Mixom, Michigan, e duas que serão identificadas até 2008.
A direção mundial decidiu por em prática mais um plano de reestruturação, o segundo em quatro anos, após registrar prejuízos nos EUA em quatro dos últimos cinco trimestres. Durante dez anos consecutivos, a empresa tem cedido participação de mercado nos EUA a concorrentes, como a Toyota.