Em visita à fábrica da Fiat em Betim (MG), o presidente mundial do grupo Fiat, Luca Cordero di Montezemolo, disse acreditar que a política econômica brasileira não será alterada com a recente mudança no Ministério da Fazenda. E até brincou: “Saiu um italiano e entrou outro”. Montezemolo confirmou que a Fiat manterá o plano de investir cerca de R$ 3 bilhões no Brasil no período 2006-2008. Desse total, R$ 2,5 bilhões serão destinados à Fiat Automóveis. Os restantes R$ 500 milhões serão distribuídos entre as demais empresas do grupo no Brasil: Iveco, Case New Holland (CNH), Teksid e Magnetti Marelli.
Por outro lado, Montezemolo lembrou que, não fosse a alta carga tributária vigente, a empresa poderia ter um crescimento extraordinário no Brasil. Segundo a Fiat Brasil, os impostos hoje representam 35% do valor do carro, enquanto que a média mundial é de 13% e a dos países desenvolvidos, de apenas 6%.
Com a presença de Montezemolo no Brasil, a Fiat deu início às comemorações do 30 anos da empresa no Brasil. A filial brasileira representa hoje cerca de 20% do faturamento da empresa no mundo, tendo alcançado a produção total de nove milhões de veículos produzidos, nestas três décadas. “Em quatro carros vendidos no País, um tem a nossa marca”, disse Montezemolo.
Presente ao ato, o governador Aécio Neves lembrou que a fábrica representou o ingresso de Minas Gerais no mundo industrializado. Citou que em decorrência da inauguração da fábrica, Minas se consolidou como o segundo parque industrial do País. “Em 2005, alcançamos o segundo lugar entre os estados que mais exportaram, com receita superior a US$ 13 bilhões e muito devemos à Fiat por esse sucesso”, afirmou.
Fontes: Gazeta Mercantil/Estado de São Paulo/Valor Econômico